O autônomo Henrique Laércio Maciel, de 52, sofreu um acidente de trabalho em 2023, causando uma fratura no pé, tendo que passar por uma cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR). Ele procurou o Jornal Roraima em Tempo para denunciar que há três meses aguarda uma terceira cirurgia no fêmur, devido a uma grave infecção, difícil de combater com antibióticos.
Henrique teve complicações nos dois pós-operatório anteriores e outro acidente doméstico, o que prejudicou ainda mais a sua recuperação. Com isso, ao retornar ao HGR, a equipe médica indicou a nova cirurgia para colocar uma prótese. Contudo, Henrique afirma que não entregaram nenhum documento formalizando a data e, ao procurar orientações, não obteve retorno.
Devido a infecção, ele sente dores constantes que irradiam para a coluna, por conta disso, Laércio afirmou que uma nova lesão foi identificada, na região do quadril. “A cirurgia seria nessa parte entre o quadril e o fêmur esquerdo devido uma lesão que eles não identificaram na época do acidente”, contou.
Para ele, a situação é desumana, falta sensibilidade e reponsabilidade da parte dos profissionais. Ao questionar a conduta médica para melhorar o quadro, Henrique foi orientado a “ir aguentando as dores com dipirona até a cirurgia”, afirmou.
Ainda conforme Laércio, a equipe médica afirmou que a colocação da prótese não é garantia dele voltar à vida normal. “Sabe, esses profissionais desanimam a gente, tiram nossas forças e esperanças. Quando estava internado que eles passaram na vista médica, me falaram que eu não voltaria a andar nem trabalhar como antes. Que a prótese pode não ter garantia”, contou.
Apelo ao Estado
O apelo de Enrique Laércio é que o Estado tome providência e realize sua cirurgia, o seu desejo é voltar à sua rotina e não ter que depender de outras pessoas. “Eu desejo que façam logo isso, coloque a prótese, que acabe essas dores. Quero muito poder me recuperar”, afirmou.
Sem condições para trabalhar devido a sua situação, Laércio recebe ajuda de um amigo que o abrigou na sua casa. E outras duas irmãs do autônomo, que moram em Santarém, no Pará, enviam dinheiro para as despesas e medicações.
O que diz a Sesau
O Roraima em Tempo abriu espaço para a Secretaria de Saúde se posicionar sobre o caso. Em nota a Sesau esclareceu que “o paciente não tem indicação de cirurgia no quadril neste momento pelo fato de estar em tratamento de uma infecção no joelho, o que impede o procedimento”.
Disse ainda que “esse tipo de infecção exige tratamento prolongado e que não apresente risco de nova infecção após a cirurgia“. Por fim, após o tratamento “ele passará por nova avaliação médica sobre cirurgia do quadril”, concluiu.
Fonte: Da Redação