A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth ficou alagada com a chuva que ocorreu na tarde deste domingo (16).
Imagens que circulam na internet mostram os corredores da unidade cheios de água. Além disso, também é possível ver bastante água escorrendo em um determinado local.
Em um dos vídeos, uma mulher questiona o governador Antônio Denarium (PP), bem como senadores e deputados de Roraima.
“Ainda nem começou o inverno e já está nessa situação. Muita água. Cadê você, Antônio Denarium? Tá na sua zona de conforto, não é? Cadê os deputados, vereadores e senadores?
A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth funciona em uma estrutura improvisada. A unidade é conhecida pela população roraimense como “maternidade de lona”. Pois está instalada onde antes funcionava o Hospital de Campanha da Covid-19.
Em setembro do ano passado, durante um período de fortes chuvas em Roraima, as pacientes passaram por situações assustadoras. No dia 18 do referido mês, por exemplo, o pai de um recém-nascido detalhou momentos de terror na unidade.
O homem contou que estava em casa quando a acompanhante da esposa ligou para relatar a situação caótica. O alarme de incêndio tocava, forros caiam, a água invadia o local. Ou seja, um momento que deveria ser de felicidade para a família, se tornou frustrante.
A estrutura de tendas e lonas é alugada pelo Governo do Estado. Dessa forma, em agosto de 2021, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. Em seguida, fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser cerca de R$ 12 milhões. No dia 9 de agosto de 2022, a Sesau renovou o contrato por mais um ano e aumentou o valor para R$ 13 milhões.
Conforme a pasta, o local abrigaria a maternidade, assim como o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o Governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março de 2022.
Em 2021, a Sesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 5 de junho. Ou seja, dois meses antes.
Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio. Contudo, a reforma segue sem previsão de conclusão.
O MPRR e a Sesau assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Assim, a Sesau deve entregar concluir a obra da unidade em dois anos.
Fonte: Da Redação
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