Uma criança, de 1 ano e cinco meses morreu, neste domingo (5), na Terra Indígena (TI) Yanomami, em Roraima. Ela é vítima de desnutrição grave e desidratação.
De acordo com o presidente do Codisi-YY, Júnior Hekurari, a criança estava em estado grave desde sábado (4). As equipes de saúde pediram a remoção para Boa Vista, mas o mau tempo impediu a decolagem.
Além disso, a criança era da região Haxiu, que fica a cerca de 15 minutos de helicóptero do polo base de Surucucu. No local há um aeródromo e um pelotão de fronteira do Exército Brasileiro.
A desnutrição e doenças como malária e pneumonia ocorrem na região por conta da presença do garimpo ilegal na TI. Nos últimos quatro anos, registraram 570 mortes de crianças na região.
Base Aérea
Em visita a Roraima, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara afirmou que a base aérea no Surucucu vai ser reestruturada. O objetivo é que a região receba aviões de maior porte.
Dessa forma, a medida vai possibilitar levar a infraestrutura para montar um hospital de campanha na região. A ministra não divulgou o prazo para a entrega da unidade. A pista de Surucucu não opera por instrumentos e só permite voo visual, o que limita o acesso em horário noturno ou com mau tempo.
Remoção de pacientes
Conforme o Centro de Operações Emergenciais (COE), colegiado interministerial criado pelo governo federal, em janeiro, a ação removeu 223 pacientes da terra indígena para a capital do estado.
A unidade repassou também que a Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, abriga 601 Yanomami.
Do mesmo modo, o Hospital Geral de Roraima (HGR) e no Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) possuem 50 indígenas internados.
Fonte: Agência Brasil