Fake news (notícias falsas) e medo das reações provocadas pela vacina. Esses são dois entraves que têm causado uma baixa procura pelos imunizantes contra a Covid-19 em Boa Vista. A avaliação foi feita ao Roraima em Tempo pela superintendente de Vigilância em Saúde, Francinete Rodrigues, nesta terça-feira (13).
“Sempre, na nossa estimativa, há uma demora em conseguirmos alcançar o número que esperamos vacinar. A população em si não está tendo interesse em tomar a vacina, montamos estratégias de pontos itinerantes e, mesmo assim, não tivemos uma procura significativa. Semana passada esperávamos vacinar um número maior, mas não foi o que esperávamos”, comentou Francinete.
A superintendente explicou ainda que grande parte da população boa-vistense é formada por jovens. Ou seja, quanto mais se amplia a faixa etária, mais pessoas estão aptas a se vacinar. Por causa da baixa demanda na última semana, que contemplou o público de 32 a 37 anos, a prefeitura antecipou o calendário para possibilitar quem tem de 26 a 31 anos se imunizar.
Para a superintendente, a baixa adesão pode estar ligada às notícias falsas sobre os imunizantes. “Sabemos que tem pessoas que acreditam na vacina e pessoas que não acreditam. Há estudos que comprovam a efetividade da vacinação e, mesmo assim, muitas pessoas estão com medo”, avaliou.
Outro motivo indicado por Francinete é o medo de reações após a aplicação da vacina, com destaque para a AstraZeneca. No entanto, ela alertou que os efeitos colaterais são comuns e não podem ser motivos para deixar de se imunizar, já que, segundo ela, para conter a pandemia é necessário ter ao menos 70% da população vacinada.
“A vacina é para garantir a redução do agravamento e óbitos pela doença. Não quer dizer que você não vai pegar [o vírus]. E por que a vacina? Porque ela reduz o número de pessoas hospitalizadas. Pode ter reações ao tomar a vacina, como febre, que dura dois dias, mas isso não vai acontecer com todos”, declarou.
Os imunizantes são vistos como o caminho para voltar à normalidade. O maior problema está na demora da vacinação. Até esta terça-feira, apenas 11,7% dos roraimenses estão totalmente imunizados com as duas doses ou a dose única. Esse índice é inferior à média nacional de 16%, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A instituição já alertou para a alta circulação do vírus no estado. Esse patamar não se modificou durante todo o mês de junho. Roraima em Tempo revelou que o número de mortes é considerado alto e há dificuldades em reduzir a taxa no estado. Para frear os dados alarmantes, a Fiocruz reforça a necessidade da vacina.
Boa Vista concentra quase 70% da população de Roraima. O último levantamento da prefeitura, no entanto, mostrou que apenas 9% dos 419.652 boa-vistenses estão totalmente imunizados. Outras 98.240 pessoas receberam a primeira dose, mas 2,5 mil ainda não completaram o esquema vacinal.
Francinete Rodrigues destacou que as medidas de flexibilização da pandemia são definidas de acordo com dados de casos confirmados e óbitos; e as taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e clínicos, que estão em 73% e 92%, respectivamente.
“A prefeitura reforça para população acima da faixa etária dos 26 anos, que ainda não se imunizou, que procure os pontos de vacinação. Vacinar é um ato importante e de amor também, pois você se protege e as pessoas que estão a sua volta“, finalizou.
Fonte: Josué Ferreira, Samantha Rufino
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