
O pequeno Igor Benjamin nasceu prematura de seis meses e, desde então, enfrenta várias complicações de saúde. Próximo de completar três anos, no dia 26 de março, trava uma nova batalha após ser diagnosticado com epilepsia no ano passado, conforme relata a avó do menino, Antônia dos Santos.
“Ele não anda, ele não fala, ele não escuta. A gente está fazendo um exame agora do olhinho para ver se enxerga. Ele não tem coordenação motora de parar o olho dele fixo e te olhar”, explicou a mulher.
A família recebe acompanhamento médico através da Prefeitura de Boa Vista. No entanto, a medicação necessária pra controlar a doença, sabril vigabatrina, só é disponibilizada pelo Governo do Estado. Contudo, segundo a avó da criança, o remédio não está sendo fornecido.
Ela fez a inscrição para pegar esse medicamento, porque ele é caro. Ele não é barato. A caixa dele está trezentos e pouco. E aí nós corremos atrás de um laudo, nós fizemos a inscrição para o Governo desse medicamento lá da farmácia e nós não conseguimos. Todo o tempo indo lá e nada, não chegou e a gente vai entrar em contato e isso já tem cinco meses. E o neném, a última crise que ele deu muito forte em Manaus, se não estivesse tão próximo de um posto de saúde, o neném não estava hoje com a gente”, disse a familiar.
Desesperados, os familiares questionam a falta de suporte da saúde pública estadual e cobram uma solução. “Para mim, está sendo um descaso muito grande porque é um caso de vida ou morte, porque se Deus o livre der uma epilepsia dessa no neném, é caso de cinco segundos para ele não voltar. O oxigênio da cabeça dele acabou”, desabafou a avó da criança.
O que diz o Governo
Procurada pela Rádio 93FM, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse em nota que por determinação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, foi feito o recolhimento de lotes do referido medicamento em todo o Brasil.
A Pasta informou ainda que um novo lote desse medicamento está na fase de licitação.
Fonte: Rádio 93FM