Familiares de uma paciente internada na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, denunciaram à reportagem da TV Imperial a falta de água na unidade e negligências no atendimento.
De acordo com o homem que não quis ser identificado, a esposa recebeu encaminhamento urgente pelo Centro de Referência da Saúde da Mulher para o hospital após consulta de rotina. É que durante um exame, constataram um alerta na gravidez. Acontece, que ao chegar na maternidade, aconteceram uma série de problemas.
“Chegamos na recepções e disseram pra esperar pois a recepção estava sem sistema. Informei a situação do encaminhamento do Centro e disseram pra gente ir, já que era urgência. Ao chegar lá dentro, ela não foi atendida pois não tinha a ficha dela. Além disso, o bebê já estava sem oxigenação e demorou [ o atendimento] porque não tinha a ficha. Esperei para fazer a ficha manualmente e ela conseguiu fazer a cirurgia. O bebê já estava entrando em óbito e foi preciso fazer a reanimação”, disse.
Assim, o homem explicou que durante o parto, a esposa não conseguia respirar pois de acordo com ele, não saia oxigênio pelo suporte colocado nas narinas.
“Ainda na cirurgia, a minha esposa não estava conseguindo respirar, pois ela estava sem oxigênio. Eu tirei do nariz dela [ suporte], coloquei no meu dedo e sei que não pode, no entanto, no meu momento de desespero eu constatei que não estava saindo o oxigênio, pois se tivesse estaria saindo um vento, mas estava sem oxigênio”, explicou.
A falta de água
O acompanhante também alegou que não havia água na maternidade. Como resultado, para a esposa fazer a higiene após o parto, ele precisou comprar água mineral.
“É muita falta de estrutura. A minha esposa querendo fazer a sua higiene e eu tive que correr do outro lado para poder comprar água mineral. E o absurdo que aconteceu é que ao falar com a direção, eles me deram um balde da limpeza, desses que usam para limpar o pano pra eu poder dar à minha esposa e ela então tomar banho. É muita falta de respeito. Quando a gente diz: ‘vamos denunciar’ estamos brigando por algo que é nosso, pois é uma falta de respeito com a vida e com todo mundo”, desabafou.
Por fim o homem disse que não havia sequer, água para beber na maternidade.
“A gente foi obrigado na madrugada a fazer vaquinha para comprar água para mães e quem estava aqui porque não tinha. O bebedor está lacrado aqui na recepção. E, banheiro para homem, não tem também. Então, é um absurdo a falta de respeito por parte da Sesau e administração da maternidade”, finalizou.
Citada
A reportagem procurou a Secretara de Saúde do Estado (Sesau) para posicionamento sobre o caso. Por meio de nota, disse que tomou conhecimento de que o problema com a falta de água ocorreu por uma falha na adutora que abastece a região. Disse ainda, que o problema foi solucionado e o fornecimento foi restabelecido. Além disso, reforçou que qualquer queixa de pacientes e/ou acompanhantes deve ser
imediatamente registrada na Ouvidoria para as providências administrativas.
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Fonte: TV Imperial