Famílias denunciaram que pacientes do Hospital Geral de Roraima (HGR) seguem sem receber alimentos da dieta enteral. O Governo de Roraima é o responsável por fornecer a alimentação líquida, que é administrada por uma sonda.
A primeira denúncia foi feita no dia 13 de dezembro de 2021. À época, o governo informou que a alimentação chegaria em 10 dias, o que não ocorreu, conforme as famílias.
Desta vez, no entanto, o governo contrariou a denúncia e afirmou que recebeu “o repasse referente à alimentação enteral padrão para atender a todos os pacientes”. Disse, ainda, que o estoque é suficiente para os próximos quatro meses.
Jussara Soares, filha do paciente Marcos Soares, de 53 anos, contou que as famílias estavam recebendo a dieta normalmente. No entanto, a equipe do HGR os informou sobre o desabastecimento.
Jussara explicou que chegou ir até a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Saúde do Estado (SESAU), onde havia outras famílias.
“Eles colocaram a culpa na Prefeitura, dizendo que a Prefeitura que tinha que agir. Nós fomos até a Prefeitura, e eles não tem nada a ver com isso, porque desde então quem fornecia era a CGAF, e a CGAF parou de fornecer sem nenhum aviso prévio”.
De acordo com Jussara, a alimentação custa R$37 reais e dura apenas um dia, enquanto uma caixa custa R$480 reais, durando em torno de uma semana.
“Nós estamos desempregados, a gente só cuida do meu pai. Meu pai não recebe nenhum benefício, não temos como arcar com esse valor. Então o que o governo está fazendo é uma total irresponsabilidade, não está pensando na condição das pessoas”, contou.
“Está em trâmite na CGAF adesão de ata reforçar o atendimento da demanda nos próximos meses e o processo anual segue para de licitação para garantir que a continuidade do serviço de abastecimento”, diz trecho de nota do governo.
Fonte: Da Redação
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