Saúde

Garimpo deixou os Yanomami sem água para beber, diz Sonia Guajajara

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara afirmou que os Yanomami estão sem água potável devido à contaminação dos rios com mercúrio. Ele deu a declaração em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (6).

A contaminação ocorre devido ao grande número de garimpos ilegais na Terra Yanomami. Conforme entidades indígenas, há mais de 20 mil garimpeiros na TI.

“É muito triste você chegar lá e ver de perto a realidade naquele território. É muito garimpo. Garimpo infinito. O território está tomado pelo garimpo. Os indígenas não têm água para beber. A água está contaminada”, revelou.

Como solução, o Governo Federal vai promover a escavação de poços artesianos, bem como a construção de cisternas. A ministra ressaltou ainda que a ação é urgente.

Além disso, para amenizar a crise sanitária, a Secretaria Espacial de Saúde Indígena (Sesai) vai instalar um Hospital de Campanha no Polo Surucucu. Conforme Guajajara, a medida deve diminuir a demanda nos hospitais de Boa Vista.

Somente no Hospital da Criança em Boa Vista, há 50 crianças Yanomami internadas. Sendo que 4 delas estão na UTI.

Por outro lado, no Hospital de Campanha que funciona na Casai, tem 80 crianças internadas. E 60 delas com quadro de desnutrição.

Outros ministros

Sônia Guajajara revelou que mais dois ministro devem vir para Roraima nos próximos dias. José Múcio Monteiro Filho, da Defesa e Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania.

Anteriormente, com a vinda do Lula, estiveram juntos em Roraima os ministros da Justiça, Flávio Dino; da Defesa, José Múcio; do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da Saúde, Nísia Trindade; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; da Secretaria-Geral, Márcio Macedo; dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; bem como do Gabinete de Segurança Institucional, General Gonçalves Dias.

Intervenção no Dsei-Yanomami

Outra medida que a ministra dos Povos Indígenas anunciou é a discussão sobre uma intervenção no Dsei-Yanomami.

De acordo com Sônia, haverá a escolha de um nome para substituir o coordenador do Distrito. Pois o atual pediu demissão neste domingo (5).

A gestão do Dsei-Yanomami foi um dos problemas que agravou a situação dos indígenas. Conforme a Polícia Federal (PF), os medicamentos adquiridos no Distrito não chegavam aos Yanomami.

Uma empresa que o órgão contratou entregava apenas 30% dos itens. E como resultado, crianças adoeceram e pereceram por falta de tratamento.

Em novembro do ano passado, a PF deflagrou uma operação para cumprir mandados de busca e apreensão. O intuito era apurar o desvio de medicamentos.

Fonte: Da Redação

Rosi Martins

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