A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, anunciou, nessa terça-feira (28), a criação de dois hospitais para os Yanomami. Conforme Guajajara, um deles será dentro do território indígena e um segundo será construído na capital de Roraima, Boa Vista. O Governo ainda não tem um cronograma para o início e o término das obras.
O povo Yanomami sofre com uma grave crise de saúde, com registros de desnutrição e malária. Desde janeiro, o território está sob estado de emergência.
“É um atendimento contínuo [à população Yanomami], permanente, de garantir atenção à saúde, de garantir essa logística para que essas equipes atendam dentro do território e que a gente possa construir agora, tanto um hospital dentro do território Yanomami, quanto um hospital em Boa Vista, para dar conta de dar apoio a esse hospital do município”, disse em conversa com a imprensa, antes de participar de evento com prefeitas, em Brasília.
No mês passado, o Governo Federal já havia construído um Hospital de Campanha em Roraima para atender a população Yanomami.
De acordo com o o boletim mais recente divulgado pelo Ministério da Saúde, em 20 de março, o Governo Federal atendeu mais de 4,2 mil indígenas que vivem na região.
Além disso, o governo também:
- entregou um total de 15.307 de cestas básicas às comunidades Yanomami;
- fez a avaliação nutricional de 66 crianças que apresentavam sinais de desnutrição; e
- distribuiu 180.763 unidades de medicamentos para a malária.
Hospital da Criança
No dia 15 de fevereiro, o Ministério da Saúde divulgou que o Hospital da Criança Santo Antonio prestou 1.179 atendimentos a crianças Yanomami de 28 de janeiro a 14 de fevereiro.
Por outro lado, no último dia 20, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) criou o Gabinete de Crise Yanomami (GCY). O gabinete é composto por nove profissionais da Saúde. Sendo que sete são dos Hospital da Criança Santo Antonio (HCSA), enquanto dois são da Semsa.
Na semana passada, o prefeito Arthur Henrique esteve em Brasília em busca de apoio para mitigar os impactos da crise Yanomami, bem como da imigração no Hospital da Criança.
Anteriormente, ele já tinha recebido a ministra da saúde, Nísia Trindade, e, durante visita à unidade, ele demonstrou a necessidade do apoio do Governo Federal.
Fonte: Metrópoles