O Hospital Geral de Roraima (HGR) está há 60 dias sem testes biológicos para verificar e garantir a esterilização de materiais.
A informação está em um ofício enviado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), no fim de julho. Procurada, a pasta disse que tenta comprar os testes.
Conforme o documento, além da falta de testes tipo 5 para a autoclave, os profissionais querem o monitoramento diário da esterilização.
“O monitoramento deve, obrigatoriamente, ser feito diariamente para controle da efetividade. O que não é feito na instituição há cerca de 60 dias pela falta dos testes”, diz o texto.
A esterilização mantém o material contaminado a uma temperatura elevada para ter contato com vapor de água sob pressão. O processo dura tempo suficiente para destruir os agentes patogênicos.
No ofício, os funcionários falam sobre uma resolução que determina o controle diário. Sem isso, os servidores ficam sem saber se a esterilização está dentro dos parâmetros exigidos.
Covid-19
Roraima tem 121.666 pessoas com Covid-19 e 1.907 mortes pela doença, segundo dados do governo de ontem (12).
Atualmente, o HGR é o único hospital para tratar pacientes graves com Covid-19. Hoje, há 40 pessoas internadas em terapia intensiva por causa do vírus.
Além disso, a unidade passa por readequações desde o dia 6 de agosto. Por causa disso, 24 leitos da UTI foram fechados.
Entretanto, a Secretaria pretende transferir pacientes com Covid-19 da enfermaria do HGR para o Hospital de Retaguarda.
Em contrapartida, a Sesau diz que as mudanças devem aumentar o número de cirurgias eletivas. Entretanto, uma denúncia fala sobre a suspensão das cirurgias na unidade.
Se houver fiscalização de vigilância sanitária, “o HGR pode ter o serviço de cirurgias suspenso até a adequação da situação”, diz a secretaria.
Citada
Procurada sobre o ofício, a Secretaria de Saúde disse que tem estoque do Indicador Químico Classe 2. O produto, conforme a nota, está disponível para o HGR.
Já sobre o Indicador Biológico, a licitação não teve interessados. “O governo tenta adquirir o produto por requisição administrativa ou por aquisição emergencial”, finalizou.
Por Redação