O Hospital da Criança Santo Antonio, em Boa Vista, realizou 1.179 atendimentos a crianças Yanomami de 28 de janeiro a 14 de fevereiro. Os dados são do Ministério da Saúde (MS). A pasta divulgou o boletim nesta quarta-feira (15).
A divulgação dos dados também inclui outras unidades de saúde em Boa Vista e na Terra Yanomami. Assim como é o caso dos Polos Base.
Além destas unidades de saúde, os Yanomami também recebem suporte na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) em Boa Vista.
Conforme o MS, ao todo, o local já atendeu 371 pessoas. Entre eles, 139 indígenas que já receberam alta. Nestes atendimentos, os médicos identificaram 46 casos de desnutrição, 36 de pneumonia, 23 casos de diarreia aguda, bem como 22 de malária.
As ações em conjunto dos diversos servidores da Casai têm sido fundamentais para a saúde dos internados. De acordo com o levantamento do Centro de Operações de Emergência (COE) divulgado nesta quarta-feira (15), 78% das crianças com desnutrição grave tiveram ganho de peso com o acompanhamento de alimentação assistida e suplementação. Dessa forma, a expectativa, agora, é ampliar o tratamento para mais crianças.
Ainda conforme o MS, os gestores também produziram um plano de contingência, elaborado pela vigilância, para prever cenários possíveis a curto, médio e longo prazo. A divulgação do documento deve ocorrer nesta semana, com a avaliação das estruturas de atendimento disponíveis na Terra Indígena Yanomami, na Casai, bem como nos hospitais e unidades de saúde da capital do estado roraimense.
Além disso, a Casai também será usada para a coleta de dados e análise dos danos causados pelo mercúrio. Para isso, uma equipe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) se reuniu com lideranças Yanomami nessa terça-feira (14) para seguir o protocolo de consulta indígena e explicar as ações dos grupos.
Os pesquisadores coletarão, na primeira etapa, amostras de cabelo e sangue de crianças, gestantes e idosos internados na Casai. Em um segundo momento, os especialistas visitarão o território Yanomami e coletarão amostras dos indígenas das aldeias e também dos peixes nos rios.
Os dados serão apresentados para o Ministério da Saúde e, assim, guiará a tomada de estratégias que garantam a saúde dos indígenas.
Fonte: Da Redação
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