Uma idosa de 90 anos com Covid-19 está há dois dias esperando uma vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Hospital Geral de Roraima (HGR). A situação foi denunciada ao Roraima em Tempo nesta segunda-feira (16).
Aldelimar Laranjeira, filha da paciente Delcidia Laranjeira, conta que a situação da idosa está piorando desde sábado. De acordo com ela, os médicos estão precisando escolher quem vai para UTI, pois não há leitos para todos.
“O pessoal vendo ela morrendo ai aos poucos. O governador diz que abre e abre UTI e cadê essas UTIs que não tem? Quer dizer que quando um idoso precisa não tem UTI? Só tem para jovem. Difícil assim”, questionou.
A neta da idosa, Mazumy Yokoyama, afirmou que o estado de saúde da avó vem se agravando desde sábado (14). Ela relatou ainda que um dos médicos da unidade disse que faria a transferência da paciente para a UTI. No entanto, a vaga foi ocupada por outra pessoa.
“Quer dizer que minha avó vai ficar morrendo às mínguas? Minha avó está pedindo socorro, minha avó está morrendo e eles não estão fazendo nada. A vaga da minha avó era na UTI 3 e simplesmente colocaram outra pessoa na vaga da minha avó. Quer dizer que os idosos não têm vez, os idosos têm que morrer porque os jovens têm que entrar. Minha avó está lutando para viver”, lamentou.
Até o dia 21 de maio deste ano, o HGR tinha 90 leitos de UTI. No dia seguinte, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) fechou 36 deles.
O Roraima em Tempo mostrou que depois disso, a unidade enfrentava uma superlotação, contudo, os leitos continuavam vazios.
Em seguida, o então secretário Airton Cascavel anunciou o funcionamento de mais 20 leitos. Com isso, no dia 8 de julho, o total subiu para 54, mas não durou um mês.
No dia 6 de agosto, 24 leitos foram fechados no HGR. A Sesau disse que a medida se deve à diminuição de casos graves de Covid-19.
No fim de semana, servidores denunciaram que outros 10 leitos seriam fechados. Eles classificaram a situação como um “retrocesso”, pois a unidade continua recebendo pessoas com a doença.
Por outro lado, a Sesau disse que as mudanças são feitas com base nas informações epidemiológicas.
A redução de leitos de UTI feita pelo governo no início de agosto levou Roraima de volta à ‘zona laranja’. A informação está no boletim da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado no dia 11 deste mês. A instituição acompanha a taxa de ocupação de UTI’s para tratamentos Covid-19 em todo o Brasil.
Roraima está, portanto, na zona de alerta intermediário por apresentar taxa de ocupação de 70%. Os leitos são para pacientes em estado grave da Covid-19 no HGR.
Conforme a Fiocruz, “a elevação do indicador se deve à redução de leitos e não ao aumento de leitos ocupados”.
Atualmente, 37 pessoas estão internadas no HGR para tratamento da doença. O estado já atingiu 121.940 pessoas infectadas e 1.917 mortes pela doença.
A Sesau informou que a paciente está sendo regulada para UTI COVID 2 e que deverá ser internada nas próximas horas. Disse ainda que a paciente está recebendo acompanhamento médico e que a família está sendo informada sobre a assistência que tem sido prestada.
Sobre a falta de leitos de UTI, a Secretaria afirmou que há vagas disponíveis e que os pacientes estão sendo internados nas unidades de acordo com critério clínico. A nota encerrou afirmando que a denúncia é inverídica.
Fonte: Redação e FM 93 FM
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