
A mãe de uma criança de 9 anos com puberdade precoce denunciou ao Roraima em Tempo neste sábado, 5, a falta do medicamento necessário para o tratamento da filha na rede estadual de saúde.
A menina faz uso do leuprorrelina, fármaco que serve para interromper temporariamente a puberdade em crianças que estão entrando nela muito cedo. A distribuição desse medicamento é feita pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em Roraima.
“Essa medicação está em falta no momento. Por várias vezes já fui pegar essa medicação e está em falta. Infelizmente não tem e não tem previsão de chegada. E todas as vezes que eu vou lá não tem previsão de chegada. Está chegando o dia da minha filha tomar a medicação e infelizmente não está tendo. Mês passado ela não tomou, esse mês também até agora nada”, disse a mulher.
Devido a situação, a mãe da criança se preocupa com os efeitos que a falta do medicamento pode causar na filha. “A qualquer momento uma criança pode menstruar. E é muito difícil explicar para a criança porque ela está menstruando. Ela não vai entender, porque ela é muito criança […] As crianças não podem ficar sem a medicação porque é muito difícil. Todo mês esse transtorno. A nossa receita vale por três meses e a gente pega uma vez, com dois meses não tem medicação e a gente tem que voltar no médico porque não aceitam a receita antiga”, explicou.
O que diz o Governo
A reportagem entrou em contato com a Sesau para esclarecimentos. A Pasta respondeu em nota que a aquisição de leuprorrelina é feita de forma centralizada pelo Ministério da Saúde. A Secretaria ressaltou ainda que a empresa ganhadora da licitação já sinalizou que fez a aquisição no laboratório, e a previsão é de que o medicamento seja enviado ao Estado na próxima semana.
Fonte: Da Redação