Em julho de 2023, Janice de Lima de Sousa Gil, de 23 anos, passou por uma cesariana na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, que funcionava à época sob uma estrutura de tendas e lonas no bairro 13 de Setembro, zona Oeste de Boa Vista. Ela deu a luz aos gêmeos Vicente Rodrigues de Lima e Valderi Filho Rodrigues de Lima, que morreram na unidade, segundo a família, por negligência.
À época, revoltada com a situação, Janice disse ao Roraima em Tempo que acionaria a Justiça, e assim o fez. Pouco mais de um ano depois, a equipe de jornalismo da TV Imperial, que também acompanhou o caso, voltou até o município de Bonfim e reencontrou a mulher.
“Eu sei que nada do que eu fizer trará a vida dos meus filhos de volta, mas por eles, eu estou atrás de justiça e vou até o fim”, declarou ela em entrevista.
Na oportunidade, ela recordou os momentos difíceis que enfrentou com a ausência dos filhos. “É uma dor muito forte e não desejo a mãe nenhuma ter que passar por isso. Nos primeiros dias não conseguia dormir, nem comer. Foi horrível. É muito triste pensar que eles poderiam estar comigo agora, nesse momento, já engatinhando ou andando”, disse Janice emocionada.
O advogado Tiago Amorim, que representa a família no caso, falou sobre a ação contra o Governo do Estado, que atualmente está na etapa de avaliação médica. De acordo com ele, uma empresa do Paraná foi contratada para analisar se houve erro médico ou imperícia no atendimento dos gêmeos na maternidade.
Amorim, que já acompanha outros casos semelhantes aos de Janice, ressaltou que este em específico possui um agravante: a denúncia de um médico.
Um médico denunciou três casos de mortes de bebês na maternidade, possivelmente por negligência no procedimento de diálise, ao Ministério Público de Roraima (MPRR), ao Conselho Regional de Medicina (CRM-RR), bem como para a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR). Um deles é o de Vicente de Lima, um dos gêmeos de Janice.
Conforme revela a denúncia, a criança ficou internada na UTI-Neo Natal e o quadro clínico dela evoluiu com insuficiência renal aguda, sendo, portanto, solicitado pelo pediatra plantonista a avaliação do nefrologista de plantão.
O médico nefrologista fez a avaliação na criança no dia 20 de julho, às 20h, e indicou diálise com início imediato. Além disso, escreveu que o procedimento deveria ser feito com cateter adequado para neonato e não com cateter adulto adaptado. Do mesmo modo, orientou que a diálise fosse feita com balança de precisão para medir exatamente os fluidos de entrada e saída. E, por fim, que também tivesse aparato adequado para aquecimento e controle de temperatura do fluido usado na diálise.
Entretanto, até às as 6h30 do dia seguinte, Vicente ainda estava sem o cateter e, consequentemente, sem o procedimento de diálise.
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) disse que as informações referentes ao caso tramitam em segredo de Justiça. E que todos os questionamentos que chegam à Pasta são respondidos dentro dos prazos estipulados.
Fonte: TV Imperial
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