O motorista Gervásio Dutra, de 57 anos, está há mais de um ano no aguardo de uma cirurgia nos joelhos pela rede pública de Roraima. A espera já se estende desde janeiro do ano passado. Enquanto isso, ele não consegue trabalhar por conta de fortes dores.
“Meu problema são as duas pernas. Devido eu ir trabalhando, trabalhando, desgastou os ossos. Eu vim para fazer a cirurgia e a cirurgia foi suspensa. Eu estou desde janeiro correndo atrás disso sem quase poder andar, com muita dificuldade. As vezes as pernas travam, eu caio. Está muito difícil para mim sem eu poder trabalhar”, explica o homem.
Gervásio conta também que a equipe do Hospital Geral de Roraima (HGR) perdeu o risco cirúrgico e o material coletado para realização de uma biópsia. Segundo ele, a unidade nunca deu uma resposta sobre o caso.
“Fiz o risco cirúrgico ano passado, fui fazer a cirurgia, mas devido o joelho estar infeccionado, foi suspensa a cirurgia. Aí perderam o risco cirúrgico. Aí o que aconteceu? Fui fazer os exames tudo de novo. Agora consegui o risco cirúrgico novamente, mas daí não tem previsão para cirurgia. Eu fui ao médico e me informaram que não tem previsão. Mas daí eu já estou aguardando há um ano e quatro meses e não é brincadeira. Eu estou com medo de ir para a cadeira de rodas devido a gravidade que está”, explicou o paciente.
Dificuldades
O motorista enfrenta dificuldade de fazer coisas simples em casa, como levantar da cama. E mesmo com o auxílio de muletas, ele não pode se movimentar por muito tempo, já que as pernas incham. O homem pede que a situação seja resolvida o quanto antes para que ele possa pelo menos voltar a trabalhar.
“Devia ter pelo menos uma previsão, porque uma pessoa que trabalha em uma empresa, presta serviço para o Governo, eu acho que o Governo deveria cobrar dessa empresa a responsabilidade de ter pelo menos uma previsão para o paciente. Eu creio que era o mínimo que deveria fazer”, concluiu.
O que diz a Sesau
Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que, no dia 28 de fevereiro de 2025, o paciente foi submetido a exames laboratoriais, nos quais indicaram que ele não está apto a realizar o procedimento cirúrgico, em razão da presença de um quadro infeccioso.
A Pasta disse ainda que Gervásio será contatado para o reagendamento da consulta e para a emissão de nova requisição de exames, a fim de dar continuidade ao tratamento.
Fonte: Rádio 93FM