O Ministério Público de Roraima (MPRR) mediou o início de um acordo entre o Governo do Estado de Roraima e a categoria dos médicos que atuam na rede pública estadual de saúde para que não haja greve.
Os promotores de Justiça da Saúde, Igor Naves, e do Patrimônio Público, Luiz Antônio Araújo de Souza, se reuniram na tarde desta quarta-feira (1º), com representantes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Casa Civil, do Conselho Regional de Medicina (CRM-RR), bem como do Sindicado dos Médicos de Roraima (SIMED).
Conforme o órgão, os promotores articularam medidas, a fim de evitar a greve dos médicos. O sindicato anunciou a paralisação para esta sexta-feira (3). O encontro foi no Espaço da Cidadania, no Centro de Boa Vista.
Na ocasião, ficou firmado que o Governo prorrogará as contratações temporárias já existentes na rede estadual de saúde. E assim deve permanecer até a realização do novo concurso público.
Além disso, a Sesau deve adotar todas as medidas necessárias para a manutenção da contratação de profissionais de saúde. E, dessa forma, garantir a continuidade regular da prestação dos serviços em todas as unidades de saúde.
Já o Simed se comprometeu em convocar assembleia com urgência para levar a proposta ao conhecimento da categoria. O Sindicato também deverá comunicar o MPRR sobre a decisão acordada pelos profissionais.
“A nossa intenção é que a sociedade continue a receber os atendimentos devidos e tão necessários. A população não pode pagar um preço altíssimo diante dessa situação, que é ficar desassistida. Estamos trabalhando para haja entendimento entre as partes e o serviço não seja interrompido”, concluiu Igor Naves.
Anúncio de greve
Os médicos da saúde estadual anunciaram a greve na última sexta-feira (24). Dessa forma, no comunicado, eles destacaram que tentaram uma negociação amigável.
O Sindicato alega o descaso com qual o Governo do Estado vem conduzindo a saúde pública. Sobretudo, no que diz respeito à falta de condições mínimas e dignas de trabalho para a classe.
Entre as reivindicações estão:
- Progressões horizontais e verticais;
- Revisão geral de 11% de 2022;
- Adicionais de qualificação;
- Cálculo do retroativo do enquadramento dos médicos – PCCR;
- Melhores condições de trabalho e fornecimento de insumos e medicamentos para um melhor atendimento à sociedade;
- Conclusão da reforma da maternidade;
- Prorrogação do contrato com seletivados até a realização de um novo concurso para a área.
O sindicato ressaltam ainda que as reivindicações são decorrentes de descumprimento de acordos que o Estado fez com os médicos. Do mesmo modo, diz que todas as unidades de saúdo do Governo estão com déficit de médicos. E que assim, os profissionais estão sobrecarregados. Além disso, causa prejuízo na qualidade do serviço.
Efetivo durante a greve:
- Blocos hospitalares: 30%;
- Urgência/Emergência/UTI/Samu: 50%;
- Centros Cirúrgicos: Somente cirurgias de emergências e oncológicas;
- Vacinação: Somente emergência (antirrábica).
Fonte: Da Redação