Uma gestante identificada como Patrícia Campos, de 31 anos, denunciou à reportagem nesta sexta-feira (25) a demora no atendimento na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. A gravidez é considerada de risco por ser hipertensa .
Em relato, a mulher disse que estava em Normandia, interior de Roraima, quando sofreu um acidente de carro na última segunda-feira (21) e foi levada para a unidade em uma ambulância.
“O carro caiu em um buraco, o carro capotou e meu esposo conseguiu tirar a gente de dentro porque o carro afundou. Fiquei em pé e depois eu desmaiei e não vi mais nada”, explicou.
Assim, ao chegar no local a mulher recebeu os primeiros atendimentos. A equipe então a encaminhou para o Hospital Geral de Roraima (HGR). Ela recebeu alta, no entanto, teve que retornar para a maternidade em razão de fortes dores.
“Tive perda de líquido, avisei meu esposo, e aí me trouxeram para a maternidade e novamente mais perda de líquido. Me internaram e disseram que o bebê estava bem, e que iriam me dar medicações. Contudo na terça-feira, meu rosto já estava muito inchado e nesta sexta-feira, o médico disse que essas dores de cabeça são por conta do ‘choque’ do acidente”, disse.
Ausência de médicos
Do mesmo modo, a gestante explicou que na manhã desta sexta-feira dia 24, ela não tomou a medicação para o controle da pressão alta. Conforme ela, não tinha médicos para prescrever.
“Tinha que ter a prescrição do médico de hoje, e continuei com as dores. Quando fui pedir a mediação, disseram que o médico ainda não tinha passado. E eu tinha que aguardar”, disse.
Do mesmo modo, a mulher também denunciou sobre as condições da estrutura da unidade. Ela disse que a maioria dos acompanhantes dormem em cadeiras de plástico. “Aqui está difícil. Outras pessoas aqui também estão sofrendo por falta de médicos”, disse .
O que diz a Sesau
A reportagem entrou em contato com a secretaria de Saúde (Sesau) para esclarecimentos sobre o caso. Por meio de nota, disse que a paciente está medicada e que se encontra internada porque seu quadro inspira cuidados. Por fim, disse que todos os procedimentos sequem um protocolo. Já sobre denúncias sobre a as condições da estrutura, a Sesau não comentou a situação.
Fonte: Da Redação