Roraima é o único estado do país em zona crítica nas taxas de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19.
Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicado hoje (9). A análise é referente ao período de 29 de agosto a 4 de setembro.
Durante a coleta das informações, Roraima tinha 50 leitos de UTIs no Hospital Geral de Roraima (HGR), com taxa de ocupação em 82%. Ontem, eram 39 ocupados, ou seja, 78%, índice também considerado elevado.
Contudo, a Fiocruz avalia que o estado vive uma situação específica devido à redução de leitos nas unidades hospitalares do estado.
“O cenário relativo às taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos em todo o país ratifica, de forma consistente, a queda na demanda por cuidados de terapia intensiva entre pacientes com Covid-19 resultante da vacinação”, diz.
Além disso, considera que mesmo com a variante Delta, há indícios de que as altas taxas de transmissão não têm causado aumento nos casos graves.
Isso ocorre devido ao avanço da campanha de vacinação no país. A recomendação é que os governos ampliem e acelerem a imunização, para interromper a circulação do vírus.
Vacinação
Em contrapartida, os números da vacinação ainda estão distante do esperado em Roraima.
É que o Ministério da Saúde projeta que até 15 de setembro a população acima de 18 esteja totalmente vacinada com a primeira dose.
Contudo, os dados da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revelam que 55,2% da população vacinável, ou seja, de 12 anos para cima, recebeu a primeira dose.
Os que estão totalmente imunizados com as duas doses ou a dose única somam 18,4%. Entretanto, esse índice precisa estar em 85% para cortar a transmissão do vírus.
Além disso, o Ministério da Saúde também alerta para as medidas de prevenção, mesmo após a vacinação completa.
“Reiteramos a observância das medidas não farmacológicas, imperativas à quebra da cadeia de transmissão do coronavírus”, cita. Ou seja, o uso de máscara, distanciamento social, e álcool em gel são essenciais para evitar novos casos.
Casos e óbitos por Covid-19
De acordo com o boletim, a vacinação trouxe queda no número de mortos pela doença, bem como no número de casos confirmados por dia.
Porém, para a Fiocruz, não há uma redução na transmissão do vírus, pois os testes são feitos principalmente em pacientes com sintomas. Então, o número de infectados assintomáticos e de casos leves pode ser maior.
“Uma maior redução do impacto da pandemia somente será alcançada com a intensificação da campanha de vacinação e o amplo emprego de medidas de proteção individual”, recomenda.
Por Redação