A paciente Maria Fabiane, denunciou nesta quinta-feira (4) para o jornalismo da Rádio 93 FM, mais um descaso na Saúde de Roraima. Ela tem pedras na vesícula, foi ao Hospital Geral de Roraima (HGR), entrou para lista de urgência, mas, mesmo assim recebeu a informação de que teria que esperar três meses para realizar o procedimento.
De acordo com Maria, ela descobriu há dois meses que sofre com 38 pedras na vesícula. Ela realizou uma consulta na quarta-feira (3) e recebeu o diagnóstico de prioridade para uma cirurgia.
“O médico falou que a minha vesícula está para estourar. Fui lá no sistema e a moça falou que ia ver minha situação. Eu fui no HGR, para ver o que eu podia resolver por lá. Quando eu cheguei lá, a moça disse que como meu nome havia entrado agora, e que meu nome tinha que ficar pelo menos três meses no sistema para me chamarem. Quer dizer que só liberam a cirurgia daqui três meses? Esperam a pessoa morrer? Quem sente dor sou eu. Quem chora todo dia, sou eu”, disse.
Dessa forma, Maria teme perder o prazo de validade dos exames por conta do sistema usado pelo Hospital.
“Quando eu fui pegar o meu papel da cirurgia, tinha paciente que tinha que renovar, que já fazia três meses. Eles tiveram que renovar os exames tudinho, porque já passaram a validade. Aí eu te pergunto: daqui três meses eles me chamam, aí a desculpa deles vai ser o que? Que meus exames passaram da validade”, questionou.
Paciente sofre com dores
Conforme Maria, ela têm 3 filhos e a situação não é fácil, pois mesmo sentindo fortes dores, ela precisa trabalhar.
“Quando eu chego no HGR eles só sabem aplicar dipirona, é só o que tem. Se for para eu ir e tomar dipirona, eu tomo em casa mesmo. Só que não passa, eu estou com 38 pedras na vesícula. Para mim é muito complicado, eu não como, se eu comer dói tudo, o meu lado direito vive inchado. Eu grito de dor, eu vou trabalhar porque eu tenho que ir mesmo, porque eu preciso”, destacou.
Por fim, o que a paciente espera é que a cirurgia seja feita. Ela faz um apelo ao Governo de Roraima, para que libere a cirurgia de urgência.
“É só isso que eu quero, que me atendam, que falem, ‘vem aqui, bora fazer’. Se essa vesícula estourar em mim, é pior. Eu sou mãe de três filhos, pensem nisso. Se estourar não tem chance de nada, porque vai afetar meus outros órgãos, e eu não vou sobreviver a isso”, finalizou.
Citada
Por meio de nota, a Secretaria de Saúde (Sesau) informou que a paciente Maria Fabiane foi devidamente inserida na fila de cirurgias do HGR nesta quinta-feira (4).
Destacou ainda que a equipe responsável pelo agendamento de procedimentos da unidade, entrará em contato com ela. Acrescentou também que o processo está ocorrendo conforme o fluxo definido juntamente com a coordenação de cirurgias do HGR, respeitando as prioridades estabelecidas pelo médico regulador.
Fonte: Da Redação