Paciente reclama de demora na realização do parto na Maternidade de RR

Mulher conta que era para ter feito uma cesariana na 37ª semana de gestação; agora com 39 semanas, foi informada de que fará parto normal, contudo, ela disse que não pode fazer esse tipo de procedimento

Paciente reclama de demora na realização do parto na Maternidade de RR
Fachada da maternidade – Foto: Yara Walker/Arquivo Roraima em Tempo

Com sangramento e sentindo muitas dores, a paciente Erika Derlainy de Souza procurou o Roraima em Tempo para reclamar de demora na realização de cesárea na Maternidade Nossa Senhora de Nazareth nesta quarta-feira (21).

A mulher contou à reportagem que era para ter feito a cesariana na 37ª semana de gestação. No entanto, com 39 semanas e a bolsa rompida desde às 5h de hoje, ela foi informada de que o parto será normal. No entanto, a Erika afirma que não pode fazer esse tipo de procedimento.

“Eu não posso ter [parto] normal, porque eu tenho três cesáreas e pedras na vesícula. Até hoje eu não entendi porque não fizeram a minha cesárea, sendo que dois médicos pediram”, disse.

Ela conta que em sua gestação anterior aconteceu uma situação parecida. “Na minha última gestação queriam que eu tivesse [parto] normal, sendo que eu não podia ter normal. Quando a minha bolsa estourou, o bebê tentou sair e eu tive começo de hemorragia“, relatou a paciente.

Erika disse que já procurou a direção da Maternidade para tentar resolver a situação mas, conforme ela, foi informada de que nada poderia ser feito. “Eles falaram que não podiam intervir no atendimento dos médicos e fiquei à mingua. Não resolveram nada, enquanto eu estou aqui só perdendo a bolsa, ficando fraca, criança também sofrendo […] não sei mais o que fazer”, desabafou.

Com a demora e as incertezas sobre o parto, ela teme que o pior aconteça. “Vão esperar eu perder o bebê e entrar em hemorragia como já aconteceu comigo?”, questionou Erika.

Citada

A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para se pronunciar sobre o caso. Por meio de nota, a Sesau disse que a conduta de atendimento aplicada à paciente, segue as normas da  Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. Do mesmo modo, explicou que não cabe a intervenção da administração da unidade. Além disso, disse que os quadros clínicos da paciente e do feto seguem sendo monitorados pela equipe da Maternidade. Por fim, disse que ” visando o bom desenvolvimento do feto, a intervenção cirúrgica somente ocorrerá após a 39ª semana completa ou se houver sinais de trabalho de parto”.

Fonte: Da Redação

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