O Hospital Délio de Oliveira Tupinambá, em Pacaraima, está sem fornecimento de alimentação. O Roraima em Tempo teve acesso a um ofício enviado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) na última quinta-feira, 23, para informar a suspensão do serviço pela empresa fornecedora.
No documento, a diretoria da unidade alerta para o problema, que afeta diretamente os pacientes. Conforme o ofício, a dieta hospitalar é essencial para aqueles que estão internados no local, uma vez que esses já estão debilitados por alguma doença.
“Sem a alimentação adequada, [o paciente] tem seu quadro de recuperação afetado negativamente. Solicitamos em caráter de urgência providências junto a empresa para solução do problema”, destaca o texto.
A reportagem entrou em contato com a Sesau que, negou a suspensão da alimentação no hospital e disse que nenhum paciente internado no ficou sem receber a refeição. E acrescentou ainda que, a empresa fornecedora foi notificada e adotou as providências cabíveis.
A empresa ISM de Gomes Matos, responsável por fornecer alimentação para 25 unidades de saúde da capital e do interior de Roraima, anunciou no último dia 15 de janeiro a suspensão parcial do serviço devido a uma dívida inicial no valor de R$ 10.083.184,07 do Governo.
Conforme ofício enviado à Pasta, a dívida comprometeu o abastecimento do estoque de alimentação e, por isso, a empresa advertiu a Sesau sobre a interrupção do fornecimento.
“Essa situação resultou no desabastecimento dos estoques da empresa, não havendo insumos alimentícios em quantidade suficiente para atender à demanda do contrato. Por esse motivo, comunicamos que, a partir do dia 15/01/2025 haverá o comprometimento da alimentação destinada a “funcionários” a qual será fornecida de modo parcial”, diz trecho do comunicado.
A reportagem teve acesso às cobranças feitas pela empresa ISM Alimentação e Serviços. Os valores reais da dívida, somados com os mais de R$ 10 milhões, chega assim a quase R$ 12 milhões.
Procurada para se manifestar sobre a notificação da empresa, a Secretaria de Saúde disse que assim que o orçamento de 2025 for aberto, as notas fiscais seguirão o trâmite administrativo para pagamento.
Essa não é a primeira vez que a empresa deixa de fornecer alimentação às unidades de saúde por falta de pagamento do Governo do Estado.
Em outubro do ano passado, por exemplo, a empresa enviou ofício à Ouvidoria da Sesau e relatou estar em situação de colapso financeiro. E que não possuía recursos suficientes para garantir a prestação do serviço de forma integral. À época, a Pasta tinha um débito no montante de R$ 12,6 milhões.
A mesma coisa aconteceu em julho daquele ano. Desse modo, por causa da dívida milionária, a empresa suspendeu parcialmente os serviços, deixando acompanhantes e funcionários sem alimentação.
Um mês antes, Controladoria Geral da União (CGU) notificou a Sesau e solicitou à secretária Cecília Lorenzon para que informasse por qual razão os recursos federais repassados ao Estado de Roraima não foram utilizados para a quitação dos serviços.
Fonte: Da Redação
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