Pai de adolescente com autismo denuncia cancelamento de atendimento em centros de acompanhamento de saúde mental do governo

Jovem permanece sem atendimento com especialista. Pai cobra respostas sobre retorno de acompanhamento de um profissional para o filho

Pai de adolescente com autismo denuncia cancelamento de atendimento em centros de acompanhamento de saúde mental do governo
Fachada da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) – Foto: Divulgação/Governo de Roraima

Stelio Darso Messias é pai de um adolescente de 14 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele procurou a reportagem nesta terça-feira (5) para denunciar o cancelamento nos atendimentos do jovem em centros especializados em saúde mental administrados pelo Governo de Roraima.

De acordo com Stelio, o jovem começou um acompanhamento em novembro do ano passado pela Unidade Integrada de Saúde Mental (Uisam), no entanto, já com um retorno agendado, o pai e o adolescente foram até a unidade e, no local, a equipe informou que o atendimento estavam suspenso.

Transferência

Ainda de acordo com Stelio, o adolescente recebeu encaminhamento para o Centro de Atenção Psicosocial III, localizado na Av. Ene Garcês. Ao chegar lá, o pai do adolescente descobriu que não tem atendimento para o jovem no local.

“Mandaram então o meu filho, para o CAPS e lá ele foi atendido só uma vez. Falaram também que iriam entrar em um acordo para saber se realmente ele iria continuar sendo atendido no CAPS […] falaram que não tem condições de fazer o atendimento dele porque o local era para pessoas adultas e ficou um disse e me disse e meu filho tem que ser atendido”, explicou o pai.

Dessa forma, Stelio disse ainda que o adolescente tentaria uma vaga no Centro Integrado de Atenção à Pessoa com Deficiência. No entanto, ele explicou que o local é de difícil acesso para a família.

“A gente não tem transporte. O Custo é bem caro e fazer os atendimentos lá, Mas já tentei atendimento para meu filho lá [Centro de Atenção Especial] e todas as vezes estavam lotados [ as vagas]”

O pai disse que o adolescente recebeu o diagnóstico do transtorno aos 5 anos.

“Ele recebeu diagnósticos de autismo aos 5 anos e desde então tem sido acompanhado. Porque então não mandam o cadastro dele de volta para o Uisam que fica muita mais fácil? A gente não tem a quem recorrer,” desabafou Stelio.

Citado

O Roraima em Tempo entrou em contato com Secretaria de Saúde (Sesau) para posicionamento sobre o caso, que por meio de nota disse que a transferência do paciente para o CAPS ocorreu em decorrência de adequação nos atendimentos. Disse ainda que o paciente será atendimento na próxima semana no local.

Fonte: Da Redação

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