A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou em nota nessa terça-feira (24) que parte das cirurgias eletivas foram suspensas no Hospital Geral de Roraima (HGR), devido a perda de medicamentos causado pelo incêndio no depósito da Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica nesse domingo (22).
Por outro lado, alguns procedimentos estão sendo realizados normalmente, mas a prioridade tem sido as cirurgias de urgência e emergência.
A Sesau salientou ainda que está trabalhando para repor o estoque das medicações para que o problema seja resolvido o mais rápido possível.
No último domingo (22), houve um incêndio no depósito da Coordenação Geral de Assistência Farmacêutica, no bairro Caimbé, zona Oeste de Boa Vista. Os medicamentos de responsabilidade da Sesau ficam armazenados no local.
De acordo com informações dos solicitantes da guarnição do Corpo de Bombeiros, era possível ver uma fumaça branca, assim como um forte odor de borracha.
No local da ocorrência, os agentes verificaram que o incêndio estava concentrado em um pequeno depósito de 20 metros quadrados.
As esquipes dos bombeiros encontraram uma grande dificuldade para combater o foco inicial, pois o local estava com uma grande quantidade de medicamentos. Mesmo assim, em poucos minutos, a guarnição conseguiu controlar as chamas.
O fogo atingiu alguns medicamentos, mas as guarnições conseguiram retirar boa parte das caixas do local.
Segundo os bombeiros, toda a operação de combate, extinção e rescaldo durou, aproximadamente, 4 horas.
Os agentes não conseguiram identificar as reais causas do incêndio.
Por outro lado, o perito de incêndio do Corpo de Bombeiros esteve no local e tem prazo de 30 dias para concluir o relatório.
Depois de dois anos sem realizar as cirurgias eletivas, o Governo do Estado iniciou mutirão para reduzir a fila em fevereiro desse ano. De acordo com o próprio Executivo Estadual, 9 mil pessoas aguardavam procedimento cirúrgico, número acumulado nos últimos anos.
Quando Antonio Denarium assumiu o governo, havia cerca de 5 mil pessoas na fila de espera. Os casos acumularam durante sua gestão. Nada foi feito em 2019, primeiro ano de mandato do atual governador. Já em 2020 e 2021, o Executivo afirma que a pandemia de coronavírus impossibilitou as cirurgias.
No início de 2022, os casos de Covid-19 tornaram a crescer com centenas de casos registrados todos os dias. Mesmo assim, o governo, que antes justificava a pandemia como empecilho, finalmente iniciou um mutirão de cirurgias.
Nesse sentido, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) divulgou no dia 21 de fevereiro, que realizou 230 cirurgias em cinco dias. Para isso, o governo contratou uma empresa Slim Gestão de Serviços de Saúde Médica LTDA para o fornecimento de mão de obra médica. O valor do contrato é de R$ 6 milhões.
Conforme o contrato, todos os médicos, técnicos e auxiliares, devem ser fornecidos pela empresa . Por outro lado, os enfermeiros ficaram sob obrigação do Estado. Assim também ficou a responsabilidade da regulação das filas e leitos para cirurgias.
A Slim tem sede em Fortaleza-CE. E, apesar de assinar o contrato de R$ 6 milhões com a Sesau, seu capital social é de R$ 300.
Fonte: Da Redação
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