Saúde

Pesquisadores desenvolvem sensor capaz de diagnosticar febre amarela

Pesquisadores brasileiros e britânicos desenvolveram um biossensor eletroquímico capaz de detectar a infecção pela febre amarela utilizando cápsulas de café recicladas. Além de tornar o sensor mais sustentável a iniciativa torna a ferramenta mais barata por ser construída a partir de produtos reciclados. A ideia partiu da dificuldade em diagnosticar a infecção que tem sintomas semelhantes aos de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Por exemplo, a chikungunya, a dengue e zika.

Desenvolvido por Cristiane Kalinke durante seu estágio de pós-doutoramento na Inglaterra, envolveu pesquisadores das universidades Federal de São Carlos e de São Paulo, além da Faculdade de Ciência e Engenharia da Universidade Metropolitana de Manchester (Inglaterra), com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o sensor e feito em impressora 3D e cumpre os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para testes diagnósticos em locais remotos ou com poucos recursos.

Como funciona

O dispositivo funciona com eletrodos impressos em ácido polilático de cápsulas de café processadas e recicladas, que ficam em sua superfície. Dessa forma, a reação eletroquímica acontece por meio da condutividade dos filamentos com nanotubos de carbono e negro de fumo como aditivos. Os fragmentos do DNA da febre amarela se encaixam na sequência genética de apenas uma gota de amostra de soro sanguíneo dos pacientes. Por meio da diferença de sinais antes e depois dessa ligação, faz-se o diagnóstico. Além disso, também foi] possível diferenciar resultados em amostras contendo o vírus da febre amarela e da dengue, o que permitiria o diagnóstico preciso da doença.

“Sensores miniaturizados como este poderiam sr facilmente transportados a regiões ou comunidades remotas, onde a febre amarela é mais comum. Isso é especialmente importante no caso de doenças comuns em países tropicais e consideradas negligenciadas, que carecem tanto de estratégias de prevenção quanto de tratamento”, disse a pesquisadora.

Fonte: Agência Brasil

Polyana Girardi

Recent Posts

Trecho da Avenida Carlos Pereira de Melo é interditado para obra de faixa elevada

Serviço vai ocorrer entre 8 e 22 de dezembro

48 minutos ago

Justiça de Roraima obriga Governo a nomear 490 aprovados no concurso da Educação

Decisão é resultado de uma Ação Civil Pública apresentada pela Defensoria Pública de Roraima

1 hora ago

Estudo aponta irregularidade em 37% dos processos de mineração no país

De 257.591 processos, 95.740 apresentam alguma inconsistência

3 horas ago

Documentário destaca produção de queijo artesanal em Roraima

Filme apresenta histórias sobre o trabalho desenvolvido por duas famílias do Estado e os desafios…

4 horas ago

Tour Natalino leva membros do Conselho Municipal de Turismo aos pontos decorados de Boa Vista

Ação buscou fortalecer o diálogo sobre turismo, ocupação urbana e o impacto econômico gerado pela…

5 horas ago

Roraima registra 75 incidentes associados aos cuidados de recém-nascidos entre 2014 e 2022

Segundo estudo inédito da SOBRASP, quase 40 mil casos com recém-nascidos foram registrados no Brasil…

7 horas ago