A Polícia Federal (PF) deu início a mais uma operação e combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami. A instituição divulgou vídeos e fotos nesta quarta-feira (17).
Os policiais apreenderam armas, munições, radiocomunicadores, coletes à prova de balas, entre outros itens durante as ações.
A operação conta com apoio das Forças Armadas e irá realizar uma nova rodada de ataques aos garimpos ilegais que atuam na Terra Indígena.
A atuação é, também, resultado do cumprimento das decisões do Supremo Tribunal Federal (STF). O órgão determinou a intensificação do combate aos crimes praticados dentro de territórios indígenas.
Na semana passada o Governo Federal anunciou que pretende criar a Casa de Governo na terra indígena para que as ações se tornem permanentes na região. A iniciativa irá envolver outros órgãos federais como Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e etc.
Ameaça do garimpo ilegal
O Ministério da Saúde revelou, na quinta-feira (11), que ainda há locais onde o garimpo não permite atuação de profissionais de saúde “com a segurança necessária”. A declaração ocorreu quase um ano após o Governo Federal colocar em prática ações emergenciais para fazer frente a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami.
A manifestação ministerial consta em nota que a pasta divulgou em resposta a notícias publicadas na quinta-feira (10). As notícias estavam vinculadas ao recente socorro prestado a crianças Yanomami desnutridas.
Conforme o ministério, “As imagens divulgadas por veículos de imprensa, trata-se de um resgate de três crianças em situação de desnutrição feito por profissionais do Ministério da Saúde em uma comunidade na fronteira com a Venezuela, em uma operação de alto risco devido à presença de garimpeiros”. Além disso, acrescentou que, devido à falta de segurança, a ação teve que ocorrer de forma rápida.
Do mesmo modo, a pasta acrescentou que “esse é um dos locais onde o garimpo não permite a segurança necessária para a entrada de profissionais de saúde”. Destacou ainda, que apesar disso, as ações que o Governo Federal implementou na região durante o ano de 2023 já permitiram que seis polos-base que estavam fechados devido a “ações criminosas” fossem reabertos. Permitindo assim, que 307 crianças diagnosticadas com desnutrição grave ou moderada fossem atendidas e se recuperassem.
Fonte: Da Redação