Uma paciente da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth, em Boa Vista, denunciou ao Roraima em Tempo, nesta quarta-feira (22), a falta de estrutura da unidade.
Conforme a denunciante, que preferiu não se identificar, os recém-nascidos internados estão desenvolvendo icterícia pela falta de circulação da luz no ambiente.
“A equipe médica não deixa a gente levar os bebês lá fora. Ao menos que a gente leve escondido. A minha filha foi o caso, ela nasceu coradinha, lindinha, não tinha risco nenhum. Aí na segunda-feira de manhã eu já notei que ela já estava um pouco amarelada”, disse.
Do mesmo modo, a paciente afirmou que há vários outros bebês, internados por muito tempo, que passam pela mesma situação.
“Nasceram bem corados, porém desenvolveram icterícia porque não receberam alta e estão na foto [fototerapia]. São muitos casos aqui dentro o que deixa indicar que há uma negligência”, relatou.
A mulher disse ainda que as pacientes são proibidas de ver os prontuários e que não há lençóis e berços para todos os leitos. Dessa forma, as mães acabam dividindo a cama com os filhos.
“Para você ter uma ideia, eu estou de alta desde segunda-feira e chegou hoje aqui com uma medicação que eu deveria estar tomando teoricamente”, contou.
A Maternidade Nossa Senhora de Nazareth funciona de forma improvisada sob uma estrutura alugada pelo governo. Em agosto do ano passado, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano.
Conforme o documento, o local abrigaria a maternidade e o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março deste ano.
Asesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 05 de junho do ano passado.
Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses. Contudo, um ano depois o prédio da maternidade continua em reforma.
A maternidade é alvo de denúncias constantes por negligência e falta de estrutura. Em janeiro deste ano, a família de uma gestante, de 29 anos, denunciou à reportagem que ela aguardou por mais de 24h para realizar o parto na unidade.
Conforme o esposo da paciente, Fábio Lima, ela estava com 40 semanas de gravidez e foi encaminhada à unidade em trabalho de parto por volta das 10h do dia anterior.
Em março, a família de um bebê que faleceu na unidade denunciou a demora da unidade em fornecer informações sobre paradeiro do corpo da criança.
Além disso, um caso mais recente ocorreu no último dia 07, onde um homem relatou que a esposa não teve o direito de um acompanhante durante o parto na maternidade por falta de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
Do mesmo modo, em um vídeo uma paciente mostrou a sujeira e a precariedade
Conforme o denunciante, o banheiro exibido das imagens fica na Ala das Rosas, enfermaria que recebe as mulheres que passaram por cesariana.
“Nesse bloco estão as ‘cirurgiadas’. Banheiro da enfermaria das rosas. O risco de uma infecção”, disse.
Veja os vídeos:
Em outro vídeo as imagens mostram, da mesma forma, as pareces do local em situação precária. Além disso, o tripé está enferrujado e o suporte para urinar está no chão do banheiro.
O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que negou as denúncias de que recém-nascidos estariam desenvolvendo icterícia.
Disse também que o local possui lençóis e que não há falta do mesmo no local e que a maternidade vai receber novos itens com previsão de entrega para a segunda quinzena de julho.
Fonte: Da Redação
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