A Prefeitura de Boa Vista decretou Estado de Emergência na saúde municipal. A medida estará publicada no Diário Oficial do Município desta quarta-feira (28) e se dá em razão dos seguintes fatores:
Em vídeo, a secretária municipal de Saúde, Regiane Matos informou: “estou em Brasília, no Ministério da Saúde, para tratar de questões relacionadas à saúde municipal e, principalmente, do momento em que estamos vivendo. Estive com o secretário nacional de Atenção Especializada, doutor Helvécio Miranda, que prontamente se posicionou e recomendou o decreto de emergência em saúde pública em Boa vista. Com isso, a ação permite tomar medidas imediatas, com menos burocracia, como compras e contratações de emergência”.
Conforme a Prefeitura, Helvécio Miranda, reforçou que o MS está acompanhando de perto a situação assistencial em Boa Vista.
“Já temos uma portaria editada pela ministra Nísia Trindade, que com a decretação do Estado de Emergência, temos todas as condições de repasse adicional de recurso e de contratação de leitos de UTI, de leitos de terapia intermediária, como for possível. Pelo trabalho importante da Prefeitura de Boa Vista, estaremos juntos para apoiar no que for necessário”, destacou.
Roraima é o único estado do Brasil em que o Governo Estadual não realiza nenhum atendimento especializado de pronto atendimento de urgência e emergência para crianças de até 12 anos.
Dessa forma, o Hospital da Criança Santo Antônio (HCSA) é o único hospital público infantil de Roraima, e é administrado pela Prefeitura de Boa Vista.
A unidade atende crianças dos 15 municípios do estado e região de fronteiras, bem como da Guiana, da Venezuela, e ainda crianças indígenas.
De acordo com o município, o HCSA tem registrado um aumento significativo no atendimento de crianças venezuelanas, decorrente do aumento do fluxo migratório. O que ocasiona, assim, superlotação dos leitos da UTI da unidade, mesmo com as ampliações realizadas pela Prefeitura de Boa Vista.
Em 2023 já foram realizados mais de 80 mil atendimentos de emergência no Hospital da Criança e esses números crescem diante do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Há seis anos, a crise migratória venezuelana vem impactando os serviços no Hospital da Criança. Senso assim, com relação aos atendimentos gerais no HCSA, confira os dados:
O Hospital da Criança também recebe indígenas de diversas etnias. Desde a vigência do decreto de emergência na Terra Yanomami, em janeiro deste ano, a unidade já atendeu mais de 300 crianças indígenas.
Fonte: Da Redação
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