Profissionais da Saúde Yanomami protestam e cobram mais segurança

Eles pedem apoio da Fundação Nacional do Índio, do Ministério Público Federal, e do Exército

Profissionais da Saúde Yanomami protestam e cobram mais segurança
Protesto reuniu cerca de 50 servidores da Saúde Indígena – Foto: Samantha Rufino/Roraima em Tempo

Os profissionais de saúde do Distrito Sanitário Indígena Yanomami e Yek’wana (Dsei-YY) protestaram na manhã de hoje (19) por mais segurança nos polos bases dos territórios indígenas. 

A manifestação reuniu cerca de 50 pessoas em frente ao prédio do Dsei-YY, em Boa Vista. O Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Privados de Serviço de Saúde do Estado de Roraima (Siemesp-RR) lidera o ato.

Conforme a presidente do sindicato, Joana Gouveia, entre os pedidos estão a segurança, o respeito e a valorização dos servidores. Ela fala que os conflitos entre os indígenas os impedem de sair dos polos.

“A gente sabe que muitos conflitos são questões culturais, mas isso não pode interferir na saúde, pois está prejudicando os indígenas. Infelizmente não tem como fazer esse trabalho se a gente não tiver segurança”, diz.

Eles pedem apoio da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Ministério Público Federal (MPF), e do Exército.

Denúncias na saúde

A manifestação ocorre em meio às denúncias de falta de assistência na Saúde Yanomami.

No mês de julho, o Conselho de Saúde Indígena Yanomami e Yek’wana (Condsi-YY) denunciou um suposto esquema de vacinação contra a Covid-19 em garimpeiros. De acordo com a denúncia, a equipe vacinava em troca de ouro.

Já no dia 8 de setembro, os Yanomami protestaram por mais profissionais, vacinas contra o vírus e remédios nas comunidades. Contudo, Joana diz que a falta de remédios ocorre por causa da burocracia dos órgãos públicos.

No último dia 1º de outubro, o Condsi-YY denunciou a morte de um idoso de 50 anos por malária. Na ocasião, a entidade afirmou que a morte tinha relação com o descaso com a Saúde Indígena.

“Ele [presidente do Dsei] solicita, faz uma licitação de uma compra de um material, mas infelizmente ele precisa do aval de Brasília. Tudo precisa ser documentado, então isso leva um certo tempo, não é de imediato”, finalizou.

Fonte: Da Redação

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