Roraima chegou a média de 9 mil cirurgias eletivas em fila de espera, conforme resolução divulgada no Diário do Estado (DOERR). Este tipo de procedimento não é considerado de urgência, além de terem dia e horário agendados. No entanto, a fila cresceu se comparada ao início de 2019.
Conforme o próprio governo, havia 8.834 pacientes na fila de espera única do Sistema único de Saúde (SUS), quando o governador Antonio Denarium (PP) iniciou a gestão dele.
Procurado, o governo justificou que os leitos de cirurgias eletivas foram remanejados para tratar casos da Covid-19 durante a pandemia. Ao passo que novos casos e óbitos passaram a estar sob controle, o Estado retomou as cirurgias.
Ainda de acordo com o governo, das mais de 8 mil pessoas que esperavam por cirurgias, houve 5.332 desistências. Pois, 4.467 não retornaram o contato e outras 865 não precisaram mais do serviço.
Desse modo, em 30 de dezembro de 2019, restavam 3.502 cirurgias para serem feitas. No entanto, após dois anos, o número quase triplicou chegando 9 mil cirurgias em fila de espera.
Conforme a resolução que aponta a média, também ficou destinado o valor de R$ 5 milhões para incrementar o teto de gastos da Média e Alta Complexidade (MAC). A verba será transferida para a conta do Fundo Estadual de Saúde de Roraima.
Pacientes que precisam de cirurgias eletivas podem se recadastrar no aplicativo para celular “Zera Fila RR”. O recadastro ajuda a reposicionar quem precisa dos procedimentos na fila do SUS.
Contrato de R$ 6 milhões para cirurgias eletivas
Para realizar as cirurgias eletivas, o governo contratou a empresa Slim Gestão de Serviços de Saúde Médica LTDA. O valor estimado a ser pago é de R$ R$6.335.145,40.
O contrato prevê a realização mínima de 6.083 cirurgias em um semestre. Dessa forma, a empresa terá de fazer ao menos 34 procedimentos cirúrgicos por dia.
“Em média, são feitos 20 procedimentos eletivos por dia, mesmo antes da contratação da empresa. Agora, a expectativa é ampliar para até 40 cirurgias diárias. E após a inauguração do novo anexo do HGR, prevista para janeiro, realizar até 60 cirurgias por dia”, disse a Sesau em nota.
A Slim vai atuar em três fases: atendimento pré-operatório, etapa cirúrgica e revisão pós-operatória. Sendo a primeira, referente a consulta ambulatorial, consulta pré-anestésica.
Enquanto a segunda fase, é referente a operação e encaminhamento do paciente ao leito hospitalar. Já a terceira fase, é o retorno após 30 dias para avaliação do procedimento. Caso haja complicações, a empresa fica responsável por assistir o paciente.
Todos os médicos, técnicos e auxiliares, devem ser fornecido pela empresa. Enquanto, os enfermeiros estão sob obrigação do estado, assim como a regulação das filas e leitos para cirurgias.
O governo e a empresa assinaram o contrato nessa terça-feira (28). Os serviços devem ser prestados por 180 dias, equivalente a um semestre.
Fonte: Da Redação