Roraima tem a maior taxa de casos diários da Covid-19 do Brasil

Informação é do Observatório Covid-19, publicado na sexta-feira (23) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)

Roraima tem a maior taxa de casos diários da Covid-19 do Brasil
Segundo boletim, 35 óbitos seguem em investigação – Foto: Divulgação

Roraima tem a maior taxa de casos diários da Covid-19 do Brasil. A informação é do boletim do Observatório Covid-19, lançado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) na sexta-feira (23).

Além de Roraima (40,3%), Mato Grosso (33,7%) e Santa Catarina (30,6%) completam as maiores porcentagens de incidência da doença. O documento analisou os dados de 4 a 17 de julho.

“Os estados que mantêm incidência alta de casos podem apresentar aumentos nas taxas de mortalidade e demanda por cuidados intensivos”, alerta a Fiocruz.

Ou seja, caso a circulação do vírus não diminua, pode haver uma corrida por atendimento nos hospitais. Por isso, a vacinação tem que ser reforçada.

Leitos

Na análise sobre a taxa de ocupação de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Roraima teve a mudança mais expressiva do país. Ou seja, o indicador caiu de 74% para 65%.

Apesar disso, o estado está na zona intermediária. A Fiocruz cita que a mudança ocorre após a reposição de leitos feita pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), em junho.

Em contrapartida, no mês de maio, a pasta reduziu em 33% o número de UTIs do Hospital Geral de Roraima (HGR). A unidade é a única a atender casos graves de Covid-19 no estado.

O Roraima em Tempo revelou que o hospital tinha leitos guardados em meio à superlotação. Servidores denunciaram que os leitos estavam sem utilização há pelo menos um mês.

Após as denúncias, a Sesau subiu o número de UTIs de 59 para 74. Por outro lado, o número segue abaixo do registrado em meses anteriores, quando eram 90.

O boletim do governo, divulgado ontem (25), mostra que a taxa de ocupação de leitos de UTI atingiu 74%. Sendo assim, 53 dos 74 leitos estão ocupados.

Vacinação

De acordo com a Fiocruz, Roraima está entre os estados com o número de repasse de vacinas inferior ao registrado nacionalmente. Apenas 68,5% das doses enviadas pelo Ministério da Saúde estão com as prefeituras.

“É necessária a avaliação detalhada desse registro junto aos estados com o intuito de melhoria do dado ou eventualmente apoio ao processo logístico, caso necessário”, recomenda.

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