Moradores de Uiramutã procuraram a reportagem da Rádio 93 FM para denunciar a falta de estrutura do Hospital Cláudio Pereira da Silva.
Outro problema enfrentado pela população é a falta de medicamentos e mau cheiro no único hospital do Estado no município, o que dificulta o atendimento de pacientes.
“No banheiro, a gente está colocando uma tábua em cima para poder tomar banho. Sobe água e está retornando para a fossa lá de fora. Aqui já não tem saneamento básico nas ruas, mas deveria ter pelo menos uma fossa adequada para que essa água não retornasse. Então colocando tábuas em cima, aí retorna aquele mau cheiro. O mau cheiro perturba tanto a gente quanto os vizinhos. Para atender os pacientes está difícil”, disse um morador, que preferiu não se identificar, sobre a situação dos banheiros da unidade e o odor causado pela falta de manutenção.
Além dos banheiros, o telhado e a cozinha do hospital também sofrem o impacto da falta de estrutura da unidade. E quando chove, o problema aumenta.
“No telhado, o forro está para cair. No telhado da recepção, da entrada do hospital, está uma cachoeira caindo água. Na cozinha, a cozinheira tem que estar ‘se virando nos 30’, mudando de um lado para o outro. É uma cachoeira. Chove mais dentro do que fora da cozinha. Na recepção é a mesma forma”, contou o morador.
Dipirona e esparadrapo, insumos básicos para uma unidade de saúde, também estão em falta no local. “É uma medicação simples, que é a dipirona. A gente já está praticamente três meses sem dipirona aqui no hospital, que é uma coisa básica para se ter dentro de um hospital. O esparadrapo que é uma coisa simples também, a gente não está tendo”, relatou o homem.
Outro lado
Procurada, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o Centro de Saúde de Uiramutã é uma unidade de administração mista, gerida pelo Estado e pela Prefeitura Municipal.
De acordo com a direção da unidade, serão realizados reparos na estrutura física e na rede de esgoto. No momento, aguarda-se a definição do orçamento por parte da Prefeitura de Uiramutã.
Quanto à falta de medicamentos, a Coordenadoria Geral de Assistência Farmacêutica informou que o abastecimento da unidade segue normalmente.
Fonte: Rádio 93 FM