A Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) realizou uma visita técnica na tarde desta segunda-feira (27) à Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. A unidade funciona em uma estrutura de lonas no bairro 13 de Setembro, zona Oeste de Boa Vista.
Os deputados que compõem o grupo então ouviram relatos de pacientes e servidores do local. Eles também percorreram o caminho da recepção às enfermarias, bem como as salas de parto.
A olho nu, os parlamentares encontraram falhas e defeitos em equipamentos, como centrais de ar, no piso, assim como vazamentos de água. Além disso, constataram sujeira na parte externa e reclamações sobre a demora no atendimento.
Pacientes aproveitaram para relatar que aguardavam há mais de duas horas para passar pela triagem. “Chegamos aqui 12h e até agora não passamos nem para a triagem”, disse uma delas.
Um dos membros da Comissão afirmou que o grupo viu diversas fragilidades. Principalmente no que diz respeito à estrutura. E, do mesmo modo, em relação ao abastecimento de alguns remédios.
Por fim, todas as informações levantadas pelo grupo constarão em relatório.
Além da falta de agilidade no atendimento, a Maternidade ainda funciona em uma estrutura improvisada. A unidade é conhecida pela população roraimense como “maternidade de lona”. Pois está instalada onde antes funcionava o Hospital de Campanha da Covid-19.
Em setembro do ano passado, durante um período de fortes chuvas em Roraima, as pacientes passaram por situações assustadoras. No dia 18 do referido mês, por exemplo, o pai de um recém-nascido detalhou momentos de terror na unidade.
O homem contou que estava em casa quando a acompanhante da esposa ligou para relatar a situação caótica. O alarme de incêndio tocava, forros caiam, a água invadia o local. Ou seja, um momento que deveria ser de felicidade para a família, se tornou frustrante.
A estrutura de tendas e lonas é alugada pelo Governo do Estado. Dessa forma, em agosto de 2021, a Sesau assinou o contrato de aluguel por R$ 10 milhões por um ano. Em seguida, fez um reajuste de 18% e o aluguel passou a ser cerca de R$ 12 milhões. No dia 9 de agosto de 2022, a Sesau renovou o contrato por mais um ano e aumentou o valor para R$ 13 milhões.
Conforme a pasta, o local abrigaria a maternidade, assim como o Hospital Geral de Roraima (HGR). Contudo, em vez do HGR, o Governo instalou o Hospital de Retaguarda, fechado em março de 2022.
Em 2021, a Sesau assinou o contrato em agosto, mas apesar disso, transferiu as pacientes da maternidade para o local no dia 5 de junho. Ou seja, dois meses antes.
Na ocasião, o governador Antonio Denarium (PP) afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio. Contudo, a reforma segue sem previsão de conclusão.
O MPRR e a Sesau assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC). Assim, a Sesau deve entregar concluir a obra da unidade em dois anos.
Fonte: Da Redação
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