As provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) devem passar por mudança a partir de 2024.
Primeiramente as questões, que sempre foram de múltipla escolha, podem se tornar dissertativas. A outra é que a prova pode ter uma etapa de conhecimentos gerais e outra específica para a área profissional do candidato.
O Conselho Nacional de Educação (CNE) recebeu a proposta no início dessa semana para votação em dezembro. Antes, ela estará em consulta pública.
O novo formato é para se adequar ao novo Ensino Médio, que valerá a partir de 2022. Nele, os alunos terão mais flexibilidade para a escolha de parte do currículo, de acordo com a carreira que pretendem seguir.
Dessa forma, a segunda etapa do Enem pode ter a seguinte divisão:
- Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), classificando alunos para cursos das Engenharias, Química, Computação, entre outros;
- Ciências Sociais Aplicadas, para cursos de Economia, Administração, Direito;
- Humanidades, Linguagens e Artes, para cursos de Filosofia, História, Pedagogia, entre outros;
- Ciências Biológicas e Saúde, para cursos de Medicina, Enfermagem, Meio Ambiente, entre outros.
Novo Enem se inspira em países desenvolvidos
Logo após o CNE aprovar o modelo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) vai elaborar o exame conforme as regras.
De acordo com a ex-presidente do CNE, Maria Helena Guimarães de Castro, “o MEC precisa se preparar, contratar consultores, fazer investimento em dinheiro e técnico para ter um novo banco de itens (perguntas da prova)”.
Maria Helena ouviu secretarias, entidades, universidades e analisou um estudo de experiências internacionais feito pela consultoria Vozes da Educação com apoio do Itaú Educação e Trabalho.
Conforme apuração, o Conselho constatou que muitos dos países analisados têm uma prova geral e outra com escolha dos estudantes.
A maioria tem questões discursivas e algumas orais, como na França e no Reino Unido. Por outro lado, a China e Alemanha descentralizam a organização do exame, apesar dele ser nacional.
*Com informações do Estadão
Fonte: Agência Educa Mais Brasil