Ao todo, o Ministério da Saúde já realizou 62 incorporações de novos medicamentos e tratamentos ao Sistema Único de Saúde (SUS) nos últimos dois anos. A medida visa garantir o direito a remédios com eficácia comprovada, além de criar diretrizes e linhas de cuidado para a assistência dos pacientes, ampliando o público atendido e trazendo outras alternativas de tratamento com base em evidências científicas.
“A maior parte dos medicamentos que nós incorporamos foram para cânceres, doenças crônicas e doenças raras, correspondendo a cerca de 73% do total”, disse a ministra da Saúde, Nísia Trindade, ao programa Voz do Brasil.
A ministra explicou que esse processo ocorre pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), bem como outras áreas técnicas do Ministério da Saúde, responsável por avaliar os critérios como efetividade, segurança e custo-benefício de novas tecnologias no sistema público de saúde com celeridade.
Cuidado oncológico
Nísia destacou também o lançamento do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para câncer de mama. A estratégia vai incluir cinco procedimentos disponibilizados nos centros especializados de todo país. Conforme a ministra, este é um importante marco para o tratamento da doença no Brasil.
“Pela primeira vez foi aprovado o protocolo para câncer de mama. Isso significa uma transformação na sua possibilidade de cura, é um câncer que é curável quando diagnóstico é precoce. Isso também se combina com o trabalho que estamos fazendo para reduzir o tempo de espera para consultas especializadas. E para os exames e procedimentos necessários no programa Mais Acesso a Especialistas”, disse a ministra.
Com o Mais Acesso a Especialistas, o objetivo é melhorar o acesso a diagnósticos e consultas, com fila única, da atenção primária à atenção especializada, utilização da saúde digital, integração dos serviços, bem como nova lógica de financiamento, com foco na resolução do problema de saúde. O prazo que anteriormente era de 1 ano e 6 meses, agora será de 30 dias para diagnóstico do câncer, com fila única.
Ainda durante a entrevista, a ministra Nísia Trindade falou sobre a distribuição de testes rápidos para dengue. Ao todo, serão 6,5 milhões de testes para diagnóstico de dengue a todos os estados do país. O investimento é de R$ 17,3 milhões.
Fonte: Agência Gov