Bolsonaro anuncia retomada da construção do Linhão de Tucuruí

Presidente afirmou que a obra deve ser concluída em três anos

Bolsonaro anuncia retomada da construção do Linhão de Tucuruí
Anúncio foi feito nesta quarta-feira (29) em Boa Vista

O presidente Jair Bolsonaro lançou hoje (29) a pedra fundamental para a retomada das obras do Linhão de Tucuruí. A assinatura do documento ocorreu na inauguração da Usina Termelétrica Jaguatirica II.

“Só se consegue [o linhão] quando se faz a união dos Poderes. Esse pesadelo deixará de existir nesse estado maravilhoso chamado Roraima”, disse Bolsonaro.

O presidente afirmou que a obra deve ser concluída em três anos, e desde 2018 é cobrado para resolver a questão energética de Roraima. Bolsonaro não informou a data de início das obras.

Além disso, o presidente estendeu a agenda no estado e marcou um evento público na Praça do Centro Cívico, a partir das 16h. No local ele voltará a falar sobre Tucuruí.

O Linhão

Roraima é o único estado do País que não recebe energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). O Governo Federal contratou a obra ainda em 2011, por meio de leilão, com previsão de término em 2015, mas não ocorreu.

Para a conclusão, a linha precisava da aprovação dos Waimiri-Atroari, já que percorrerá mais de 120 km dentro da reserva indígena.

Dessa forma, em meados de agosto deste ano, os indígenas aprovaram a passagem do linhão pelo território. A aprovação ocorreu após articulação do Ministério Público Federal (MPF).

Ainda segundo Bolsonaro, o último obstáculo para as obras foi vencido ontem à noite. Contudo, ele não detalhou qual era o entrave.

A obra

O empreendimento abrange 715 quilômetros de linhas de transmissão. Além disso, a obra está vinculada à Política de Defesa Nacional, pois envolve o interesse nacional e precisa respeitar processos ambientais e de consulta às comunidades indígenas residentes na região.

De acordo coma Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o investimento é de R$ 1,6 bilhão. Conforme a Agência, o grupo vencedor da licitação foi a Transporte Energia, consórcio formado pela Alupar e pela Eletronorte.

Por Josué Ferreira e Rosi Martins

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