Roraima ocupa 4º lugar dos estados que mais desmataram a Amazônia

Cenário mostra a necessidade da adoção de ações de proteção ao território

Roraima ocupa 4º lugar dos estados que mais desmataram a Amazônia
Desmatamento- Foto: Arquivo/Roraima em Tempo

Roraima é o 4º estado que mais desmatou a Amazônia. A derrubada passou de 13 km² em março de 2022 para 28 km² em 2023, uma alta de 115%.

Áreas indígenas desmatadas

Além disso, o estado também teve quatro das 10 terras indígenas mais desmatadas na Amazônia em março. Incluindo a Yanomami. Ela que ganhou atenção internacional no início do ano devido à grave crise humanitária. Também sofreram com o avanço do desmatamento as terras indígenas São Marcos, Raposa Serra do Sol e Santa Inês.

“A volta do desmatamento na terra indígena Yanomami e o avanço da destruição em outros territórios dos povos originários de Roraima indicam a necessidade de ações permanentes de combate ao desmatamento nas áreas protegidas do estado. Além disso, precisamos acabar com a impunidade aos desmatadores ilegais”, comenta Raíssa Ferreira, pesquisadora do Imazon.

Desmatamento na Amazônia triplicou

Segundo o monitoramento por imagens de satélite do Imazon, implantado em 2008, foram derrubados 867 km² nos três primeiros meses deste ano. Área que equivale a perda de quase mil campos de futebol por dia de mata nativa. Essa destruição só não foi maior do que a registrada em 2021, quando foram postos abaixo 1.185 km² de floresta de janeiro a março.

Acima de tudo, o cenário mostra a necessidade da adoção de ações de proteção aos territórios. Em março, oito dos nove estados que compõem a Amazônia Legal apresentaram aumento no desmatamento, com exceção do Amapá. Logo, 42% do desmatamento previsto pela plataforma PrevisIA para o período de agosto de 2022 a junho de 2023, de 11.805 km², já ocorreu.

“Os governos federal e dos estados precisam agir em conjunto para evitar que a devastação siga avançando, principalmente em áreas protegidas e florestas públicas não destinadas. Portanto, os casos graves como o da unidade de conservação APA Triunfo do Xingu, no Pará, que perdeu uma área de floresta equivalente a 500 campos de futebol apenas em março. Será preciso também não deixar impune os casos de desmatamentos ilegais e apropriação de terras públicas”, alerta o pesquisador Carlos Souza Jr., do Imazon.

Fonte: Da Redação

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