O vereador Bruno Perez (MDB) usou a tribuna da Câmara Municipal de Boa Vista para relatar que a Prefeitura pode perder uma emenda no valor de R$ 5,2 milhões para ampliação do Hospital da Criança Santo Antonio. Ele explicou a situação nesta terça-feira (9).
É que, conforme o parlamentar, há uma emenda nesse valor para a construção de um bloco administrativo no Hospital da Criança.
Com o novo bloco, a Secretaria Municipal de Saúde (SEMSA) usaria o atual espaço administrativo para ampliar o número de leitos da unidade.
No entanto, o terreno para a construção do bloco está ocupado com o espaço provisório da Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Assim, a Prefeitura fica impossibilitada de iniciar a obra e pode perder a emenda parlamentar que tem validade até 25 e dezembro de 2023.
O município já realizou todo o processo de licitação, e falta apenas a libração do local por parte do Governo para o início da obra.
“A partir da hora que o Governo do Estado não tirar as tendas e não, literalmente, levantar acampamento, tem um prazo e vai vencer essa emenda parlamentar de quase R$ 6 milhões e a Prefeitura vai perder essa emenda parlamentar”, explicou Perez.
A emenda é fruto de articulação do presidente do MDB-RR, Romero Jucá e da ex-deputada Maria Helena Veronese.
Entenda
Em 2020, a Prefeitura de Boa Vista cedeu o terreno para que Exército montar o Hospital de Campanha exclusivo para pacientes de Covid-19.
Entretanto, após desativar o hospital, o Exército passou o espaço para o Governo de Roraima, para que a Secretaria de Saúde instalasse a Maternidade.
Dessa forma, em 5 de junho de 2021, o Governo transferiu as pacientes para o local. O governador Antonio Denarium afirmou que a situação duraria apenas cinco meses, enquanto concluía a reforma do prédio da unidade.
No entanto, no próximo mês completam dois anos que a Maternidade funciona de forma improvisada no local. E a obra da maternidade segue sem previsão de conclusão.
Citado
A reportagem procurou o Governo de Roraima para saber se há previsão de concluir a reforma da Maternidade. Além disso, questionou também se o Estado pretende instalar a estrutura provisória da unidade em outro local para que a prefeitura possa iniciar a obra de ampliação do Hospital da Criança. Contudo, até a publicação desta matéria, o Governo não respondeu.
Fonte: Da Redação