A Prefeitura de Boa Vista inaugurou na manhã desta terça-feira (23) o Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista. A unidade atenderá crianças diagnosticadas, que estão matriculadas na Rede Municipal de Ensino. A solenidade ocorreu na avenida Glaycon de Paiva, no bairro São Vicente.
O objetivo é garantir o atendimento às crianças e oferecer suporte às famílias e escolas na educação especializada. O centro atende nas seguintes áreas: psicologia, fonoaudiologia, fisioterapia, pedagogia, arte, educação física, bem como serviço social.
De acordo com o prefeito Arthur Henrique, a nova unidade vai atender crianças com salas especificas, seguindo a necessidade de cada aluno. Assim, as famílias podem ter uma qualidade de vida melhor.
“A gente tá colocando hoje para funcionar um equipamento público que não tem nada parecido aqui em Boa Vista. Uma estrutura muito adequada para atender essas crianças, com salas específicas para realizarmos cada tipo de trabalho, seja trabalho de desenvolvimento cerebral, seja para trabalho de atendimento físico da criança. Tudo isso buscando dar mais qualidade de vida não só para criança com deficiência, mas para as famílias“, disse.
A mãe da Maria Fernanda, de 8 anos, a Thays Ribeiro, por exemplo, explicou que a filha recebeu o laudo com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) em 2021, mas ela sempre sentiu a necessidade de um atendimento para a filha.
“Eu pesquiso muitas coisas para poder ajudar ela, porque é muito complicado conseguir vaga […] tem gente que está na lista de espera desde meses atrás para o particular. Tem uma das sessões que ela precisa fazer, que se eu fosse fazer no particular, é pelo menos R$ 1.700,00 e não tenho condições. [O Centro Especializado em Transtorno do Espectro Autista] Vai ajudar muito no desenvolvimento deles”, relatou.
Prefeitura e a ‘Educação Especial’
Atualmente, a Rede Municipal de Ensino da Prefeitura possui 1.309 alunos considerados público-alvo, inseridos na ‘Educação Especial’. O atendimento é voltado para crianças com deficiência física, intelectual, auditiva e/ou visual, autistas e alunos com altas habilidades.
Dos alunos da ‘Educação Especial’, cerca de 780 têm autismo e para atender da melhor forma, a rede de ensino conta com 128 professores especialistas na área de educação especial.
Conforme a secretária municipal de Educação, Maria Consuêlo Sales crianças que ainda não têm laudo, recebem atendimento nas escolas.
“Geralmente quem é autista já tem o laudo, porém, enquanto não é de diagnosticado, ele é um aluno em investigação. Mas nas salas a gente tem atendimento especializado. O laudo não é critério para atendimento. A gente sabe que é um trabalho importante e que vai ajudar muito no desenvolvimento e quanto mais cedo a gente fizer essas intervenções, maiores serão os resultados”, finalizou.
Por Ian Vitor Freitas