O Ministério Público de Roraima (MPRR) abriu um inquérito civil para apurar a falta de servidores, medicamentos e ambulâncias no Hospital Irmã Aquilina, no município de Caracaraí, região Sul do estado.
A portaria de instauração teve sua publicação no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) dessa sexta-feira (24). Além disso, o documento é assinado pelo promotor de justiça substituto, Joaquim dos Santos.
De acordo com um profissional de saúde revelou há mais de um mês faltam medicamentos na unidade. Ele relatou a situação ao Roraima em Tempo. “Não tem medicação essencial no hospital. Os médicos de Boa Vista que estão trazendo para tentar ajudar o pessoal daqui”, explicou.
Sem medicamentos e médicos
Essa não é a primeira vez que o Hospital Irmã Aquilina é alvo de denúncia. No início deste ano, o MPRR havia descoberto que a unidade estava contando com apenas cinco médicos para cobrir todas as escalas de plantão. Entre esses profissionais, dois foram convocados em seletivo e ao menos um é servidor municipal.
Desde o encerramento do contrato com a Cooperativa Brasileira de Serviços Múltiplos de Saúde (Coopebras), em fevereiro deste ano, a unidade de Caracaraí sofre com falta de médicos nos plantões. A Sesau alegou que divulgou um seletivo para reserva de clínicos gerais, mas que contrataram apenas dois profissionais.
Contudo, o MPRR rebatou as informações da pasta, citando que a publicação ocorreu no dia 8 de fevereiro. Mesmo mês de encerramento do contrato com a Coopebras, o que indica falta de planejamento na substituição de médicos da cooperativa por seletivados.
À época, as partes chegaram a discutir um acordo judicial para que os serviços ficassem normalizados.
Citada
Nesse sentido, por meio de nota, a Secretaria de Estado da Saúde informa que o Hospital de Caracaraí Irmã Aquilina conta com duas ambulâncias e que os veículos estão bem conservados em pleno funcionamento.
“A Unidade tem oito médicos clínicos gerais escalados, e nenhuma demanda dos pacientes fica desassistida”, completou.
A pasta destacou ainda que tem mantido um trabalho pautado na ampliação da estrutura de profissionais das unidades do Estado, bem como no reforço ao suprimento de insumos e materiais demandados pelas necessidades clínicas, com foco na máxima humanização do atendimento da população.
“Na ausência de qualquer medicação, os remédios são substituídos por genéricos, com a mesma finalidade terapêutica, sem prejudicar o tratamento do paciente e seguindo o que preconiza do Sistema Único de Saúde”, concluiu.
Fonte: Da Redação