Alunos reclamam de calor e correm risco de acidentes em ‘escola de lona’ no Cidade Satélite, diz denúncia

Conforme a denúncia, o Governo do Estado anunciou que o prédio da escola passaria por uma reforma no meio deste ano, mas ainda não foi feita nem a licitação para contratar a empresa que deve prestar o serviço

Alunos reclamam de calor e correm risco de acidentes em ‘escola de lona’ no Cidade Satélite, diz denúncia
Foto: Arquivo pessoal

As salas móveis instaladas dentro da Escola Estadual Teresa Parodi, no bairro Cidade Satélite, foram alvo de denúncia nesta quinta-feira, 8. O Roraima em Tempo recebeu uma série de relatos sobre as condições físicas da estrutura e até sobre riscos de acidentes no local.

Conforme a denunciante, o Governo do Estado anunciou que o prédio da escola passaria por uma reforma no meio deste ano, mas ainda não foi feita nem a licitação para contratar a empresa que deve prestar o serviço.

Além disso, ela reclamou do calor e da falta de estrutura das instalações, que não atendem as necessidades dos professores e alunos. “É impossível prestar atenção nas aulas, pois é muito barulho das outras turmas. O professor nem consegue explicar o conteúdo. Sem contar do calor”, disse.

Vídeo enviado por denunciante mostra estrutura de dentro das salas de aula

Outros pontos abordados na denúncia foram a falta de professores e, segundo a denunciante, o “risco eminente” de acidentes. “Estamos com falta de professores, a estrutura é precária, um dia desses a central caiu […] O aluguel dessas salas já davam para construir as salas que estamos precisamos”, pontuou.

‘Escolas de lona’

As ‘escolas de lona’ são estruturas provisórias que são instaladas dentro das unidades de ensino da capital e do interior de Roraima desde maio do ano passado. A princípio, o Governo desembolsou R$ 1.392.000,00 para que a empresa fornecesse o serviço durante seis meses.

Em novembro, o Estado abriu uma nova licitação, dessa vez, de R$ 8,2 milhões e com validade de um ano. Contudo, após a realização do pregão, o valor final ficou em R$ 7 milhões.

Denúncias

As salas móveis já foram alvo de várias denúncias. Em agosto do ano passado, por exemplo, a estrutura improvisada da Escola Estadual 1º de Maio, em Rorainópolis, ficou danificada após uma chuva. Além disso, as salas ficaram alagadas. Por isso, a gestão da unidade teve que suspender as aulas para manutenção.

Ainda em agosto de 2023, alunos da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo, em São João da Baliza, ficaram sem aulas presenciais devido um superaquecimento na rede de energia logo após o início do funcionamento das salas de aula.

Além disso, em setembro daquele ano, os forros de uma sala de aula improvisada da Escola Estadual Francisco Ricardo Macedo, em São João da Baliza, foram levados pelo vento. O pai de um aluno enviou imagens à reportagem que mostraram a situação.

baliza forros
Forros de sala de aula – Foto: Arquivo pessoal

O que diz o Governo

Procurada, a Secretaria de Educação informou que já foi aberto o processo para reforma geral e ampliação da unidade e, atualmente, está em fase de Estudo Técnico Preliminar.

Informou ainda que nos últimos dois finais de semana realizou manutenção nas centrais de ar da escola. A pasta disse que vai acionar o Departamento de Logística para que envie uma equipe até a escola para verificar a situação.

Em relação aos professores, a Seed afirmou que existem algumas poucas necessidades na instituição de ensino para fechar o corpo docente, entre elas, um professor de Língua Inglesa, 6 horas de Ciências, 4 horas de Matemática (turno vespertino) e 20 horas de Matemática (noturno) e 24 horas de Língua Portuguesa (4h vespertino e 20 matutino). Por fim, informou que a Secretaria está convocando professores do último seletivo e nesta semana estão ocorrendo as lotações. “As necessidades serão sanadas em breve”, concluiu a nota.

Fonte: Da Redação

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