A empresa Alvo Consultoria abriu uma pesquisa eleitoral nesta terça-feira (04), conforme registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O questionário considera quatro pré-candidatos ao governo de Roraima, mas direciona questões específicas a apenas dois.
O documento aponta como pré-candidatos: Antonio Denarium (PP), Fábio Almeida (PSOL), Pastor Isamar (PTB) e Teresa Surita (MDB). No entanto, a pesquisa também se propõe a avaliar a imagem do atual governador.
Contudo, seis de 22 questões são específicas sobre o governador Denarium. Sendo, uma sobre o avanço de Roraima no atual governo, outra sobre aprovação das ações do Executivo e uma terceira sobre o grau de satisfação com a gestão nos três últimos anos.
As outras duas perguntas são sobre como o eleitor se sente e qual a área de maior necessidade da população do estado. Ao final do documento, há mais duas questões direcionadas a Antonio Denarium e Teresa Surita.
“Na sua avaliação, você acredita que o Governador Antonio Denarium é:”, diz a questão que dá como opções “corrupto”, “trabalhador”, “honesto”, “um bom governador” e “não sei avaliar”.
Já a questão direcionada à Surita diz: “Na sua avaliação, você acredita que ex-prefeita Teresa Surita é:”. E as possíveis respostas são iguais as de Denarium, sendo “boa gestora” o único termo diferente.
Que empresa encomendou a pesquisa?
Segundo o registro do TSE, a agência de notícias Wn Moreira foi responsável pela encomenda da pesquisa. Embora, esteja registrada há 19 anos, o número de contato da empresa fornecido à Receita Federal é inexistente. Também não há e-mail para contato.
Além disso, o quadro de sócios da Wn Moreira é composto pelos mesmos donos da empresa O Painel. Esta última foi a responsável pela contratação do Instituo Phoenix, no ano passado, para sondar a corrida ao governo de Roraima.
O Roraima em Tempo tenta contato com a empresa.
Contudo, o Instituto Phoenix responde a processos por suspeita de fraudar pesquisas eleitorais. Além disso, o Instituto Phoenix tem como chefe José Juvenil Coelho, condenado a dois anos de prisão por crime eleitoral.
Coelho alega inocência. Desde 2016, o Instituto vem respondendo a várias ações judiciais por suspeitas de fraudar pesquisas.
O instituto não tem site oficial, e alimenta, a cada dois anos, uma página no Facebook com resultados das sondagens que assina pelo Brasil. Nas eleições de 2020, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) suspendeu a divulgação de uma pesquisa para a Prefeitura de Taubaté.
Fonte: Da Redação