MP pede à Justiça que multe prefeitura de Bonfim em até R$ 4,5 milhões por manter festejo em meio a alta de casos de Covid

A ação civil ocorre após o município ignorar a recomendação para suspender o “XXX Festejo de Bonfim”

MP pede à Justiça que multe prefeitura de Bonfim em até R$ 4,5 milhões por manter festejo em meio a alta de casos de Covid
Fachada do Ministério Público de Roraima – Foto: Divulgação

O Ministério Público de Roraima (MP) pediu à Justiça que multe a prefeitura de Bonfim em até R$ 4,5 milhões. A ação civil ocorre após o município ignorar a recomendação para suspender o “XXX Festejo de Bonfim”.

Conforme o próprio MP, o prefeito Joner Chagas (Republicanos) sequer respondeu à recomendação do órgão. O Ministério levou em conta que o município é área de fronteira e que já esperava receber um público maior que a própria população.

O Roraima em Tempo procurou a prefeitura de Bonfim e aguarda resposta sobre o caso.

Bonfim tem população estimada em 12.557 pessoas. O município já registrou 2.744 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. Além disso, contabiliza 36 mortes em razão do coronavírus.

A prefeitura de Bonfim estimava público de 15 mil pessoas no dia 4 e outras 30 mil, em 5 de fevereiro. Dessa forma, receberia mais pessoas do que a própria população do município em ambos os dias. Além disso, contaria com uma atração nacional o que, conforme o MP, pode estimular aglomeração.

Dessa forma, o MP pede multa de R$ 1,5 milhão para cada dia de festa que o município optar pela manutenção. Além disso, o órgão também argumenta que Bonfim não tem estrutura para receber os pacientes diagnosticados com Covid após o evento. Pois, o Sistema Único de Saúde do local já está precário e Hospital Pedro Álvaro Rodrigues está com as obras atrasadas.

MP pede cancelamento de alvarás

O MP também pediu que a prefeitura não emita e cancele alvarás para festas ou eventos que possam gerar aglomeração. Além disso, pediu para delimitar que o “XXX Festeja de Bonfim” ocorra até ás 4h da manhã quando puder realizar o evento.

“No atual cenário da pandemia, com a variante Ômicron, H3N2 e vírus da gripe, haverá uma aglomeração sem precedentes ao se concentrar mais do que o dobro da população do Município em um único Parque de Exposição”, argumentou o promotor Raphael Talles Pereira.

Fonte: Da Redação

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