O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter) afirma que uma “reposição salarial justa” seria de 50,43%. A afirmação ocorre após um estudo feito pelos diretores do Sindicato após a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovar aumento de 11% para todos os servidores estaduais.
Clenildo Mercês, matemático e responsável pelo departamento contábil e financeiro do Sindicato, analisou a inflação, a reposição concedida a cada ano e a data-base (janeiro).
Ainda conforme o Sinter, o cálculo leva em conta as perdas dos últimos 13 anos, de 2009 à 2021. Entre 2010 e 2015, professores ganharam reposição de 4,5% ao ano.
“Reconhecemos que a perda salarial acumulada também corresponde a outros períodos que não são desta gestão. No entanto, essa correção deve ser feita porque está no momento à frente do Executivo. Pedimos 38% de reposição, mas para termos o mesmo poder de compra de 2019 é necessário 50%” disse Clenildo.
Procurado, o governo não se manifestou até a última atualização desta reportagem.
Reajuste de 11%
No último dia 2 de fevereiro, o governador concedeu um reajuste de 11% para todos os servidores estaduais. Contudo, na avaliação da diretora-geral do Sinter, Josefa Matos, o valor não é o esperado pela classe, pois estão com salários defasados.
“Ele anunciou que foi o maior aumento, que foi de 11%. Nós da educação não estamos felizes com esse reajuste. Nossas perdas salariais chegam a quase 40%. Então nós vamos continuar nessa luta todos os dias, pela nossa categoria”, disse.
Sinter e paralisação
Por isso, o sindicato pretende realizar uma paralisação de “advertência” no dia 9 de março. A manifestação será na Praça do Centro Cívico, em Boa Vista.
Além disso, os membros do Sinter também formaram uma comissão para solicitar um percentual de reajuste maior.
“O Sinter cobra 36% de reposição, o governo precisa conceder um reajuste digno para os trabalhadores. Definimos essa paralisação e convidamos todos para participar da luta”, diz Josefa.
Fonte: Da Redação