Aprovados no concurso de policial penal da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc), realizado em 2020, voltaram a cobrar a realização do curso de formação e nomeação aos cargos. A pressão ocorre após declarações dadas, nesta quinta-feira (10), pelo governador Antonio Denarium (PP) sobre o certame.
Em entrevista, ao ser questionado sobre o assunto, o gestor não deu previsão de início do curso. Além disso, afirmou que o edital não prevê formação de cadastro reserva e que os candidatos realizaram apenas a prova escrita.
“O edital da polícia penal não tem cadastro reserva. A lei que aprovou o concurso estabeleceu um limite de vaga, 700 policiais penais. Nós tínhamos 256 policiais penas e contratamos mais 444. Ou seja, não tem cadastro reserva”, disse o gestor.
Contudo, o certame prevê formação de cadastro reserva. Conforme um dos candidatos, há 426 inscritos aptos a realizar o curso. Isto porque já participaram de quatro etapas do certame. Conforme ele, a turma recebeu a notícia com espanto.
“A gente não sabe se ele foi mal assessorado, mal informado, ou o que está acontecendo. Se voltar nas últimas entrevistas, ele sempre falou da polícia penal, inclusive que iria mandar a minuta de alteração de lei para aumentar os cargos. […] Então, foi um banho de água fria”, disse.
Aprovados relebram a previsão na LOA
Além disso, outra candidata relembrou que a Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) aprovou a Lei Orçamentária Anual (LOA) com orçamento para a realização do curso. No total, os parlamentares destinaram R$ 7 milhões para a última etapa do processo.
No entanto, a verba entrou na LOA após uma série de protesto dos aprovados. Os candidatos chegaram a acampar no Palácio do Governo para cobrar um posicionamento.
“Nós somos mais de 400 famílias aguardando uma melhora de vida e uma melhora para a sociedade. A natureza do nosso serviço é trazer paz para a população. Então, senhor governador, estamos aqui ansiosos pela última etapa do concurso. Já temos a verba prevista na LOA que foi conquistada ano passado”, cobrou.
Caso o governo não divulgue uma data para o curso, a turma promete realizar novos protestos, já que temem que o governo não os nomeie devido ao período eleitoral.
“Por isso estamos correndo para realização do curso. O nosso curso tem duração de 50 dias, então há um tempo hábil para formar e tomar posse”, frisou.
Em nota, o governo afirmou que atualmente existem 700 policiais penais na estrutura governamental. Conforme o Executivo, o número é maior que a necessidade do sistema prisional. Disse ainda que com a conclusão de obras de novos presídios é que vai gerar a necessidade de novos agentes.
Fonte: Da Redação