Mãe denuncia espera de 24h por cardiologista na maternidade do governo

Mãe e filho tiveram que ficar mais um dia internados por causa da falta do profissional

Mãe denuncia espera de 24h por cardiologista na maternidade do governo
Fachada da maternidade – Foto: Yara Walker/Roraima em Tempo

Uma mãe, que não quis se identificar, denunciou ao Roraima em Tempo a espera de 24h por cardiologista no Maternidade Nossa Senhora de Nazareth. Ela relatou o caso nesta sexta-feira (18).

De acordo com a mulher, ela deu entrada na unidade na última terça-feira (15) e realizou o seu parto. No dia seguinte, iria receber alta juntamente com o seu filho. Entretanto, o recém-nascido apresentou cansaço durante a amamentação.

Por isso, uma pediatra da maternidade pediu um ecocardiograma. Porém, o cardiologista não estava presente no local. Segundo a denunciante, uma das enfermeiras afirmou que o profissional não tem horário determinado para comparecer à unidade.

“Eu perguntei para uma das enfermeiras e ela falou ‘ah, ele só vem quando ele bem quiser. Às vezes passa três dias sem vir. Um dia sim, um dia não'”, disse.

Ainda conforme a mãe, a equipe não acionou o cardiologista, que chegou ao local após 24h de espera. “Só esperaram ele chegar”, relatou.

Citada

O Roraima em Tempo entrou em contato com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) que por meio de nota disse que a unidade realiza atendimento sempre que solicitado com o profissional cardiologista.

Outras denúncias

A maternidade tem sido alvo de diversas denúncias nos últimos meses. No dia 22 e janeiro, por exemplo, a família de uma gestante, 29 anos, denunciou à reportagem que ela aguardava há mais de 24h para realizar o parto.

Além disso, o esposo da mulher afirmou que foi impedido de acompanhar a gestante. Por conta disso, ela ficou sozinha sem apoio na unidade.

Em fevereiro O Ministério Público (MP) determinou a investigação de falta de material cirúrgico para a realização de parto cesariana.

Por outro lado, em novembro do ano passado, o órgão enviou ofício para a Sesau para cobrar providências sobre falta de medicamentos e insumos no local. À época, o promotor Igor Naves disse que a situação na maternidade era preocupante.

Fonte: Da Redação

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