O deputado Hiran Gonçalves (PP), investigado pelo desvio de verba da cota parlamentar, tentou desmentir a imprensa com carimbo de fake news.
A ação do parlamentar ocorre após publicação de matéria nesse domingo (17), sobre a instauração de inquérito para apurar o desvios de verba da cota parlamentar.
Qualquer cidadão pode acessar o processo, registrado no site do Supremo Tribunal Federal (STF) como “Inq 4846”. O registro é o pedido da Polícia Federal (PF) para instaurar o inquérito 4846.
A ministra Rosa Weber aceitou o pedido em setembro de 2020. E desde então, o processo corre normalmente no STF.
A última movimentação se deu no dia 12 de abril passado, com documentos conclusos para decisão do relator.
Conforme investigações da Polícia Federal, Hiran participou de “forte esquema de falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro”.
Um trecho do relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR) aponta que empresas teriam supostamente prestado serviços a Hiran e outros 28 congressistas no período de janeiro de 2014 a junho de 2018, emitindo notas fiscais com “fortes indícios de inconsistências”.
Para a instauraçãodo inquérito, a ministra argumenta que a Procuradoria-Geral apresentou elementos que fundamentam a “hipótese acusatória, indicativos da possível prática de condutas que, ao menos em tese, amoldam-se à figura penal proscrita no artigo 312 do Código Penal”.
O artigo 312 do Código Penal que trata do crime praticado por servidor público que, em razão do cargo, se apropria ou desvia verba pública.
Fonte: Da Redação