Crianças imigrantes usam fantoches em encenação para alertar sobre abuso sexual em RR

Apresentações ocorrem em igrejas e organizações em Boa Vista

Crianças imigrantes usam fantoches em encenação para alertar sobre abuso sexual em RR
Crianças usam fantoches durante encenação – Foto: Divulgação/Visão Mundial/Josué Ferreira

Crianças, atendidas pelo projeto de Educação e Proteção da ONG Visão Mundial em Roraima, criaram uma encenação com fantoches para alertar sobre abuso sexual. Elas apresentam as cenas em igrejas e organizações em Boa Vista.

“Uma mãe precisa se ausentar e pede ao vizinho para que cuide do filho dela. Nesse intervalo de tempo, a criança sofre abuso do homem, que a força a beijá-lo”, descreve a Visão Mundial sobre a apresentação.

A mensagem final é apenas uma: ouvir o próprio filho e denunciar, como ocorre na peça teatral apresentada, que termina com o abusador preso.

Conforme pesquisa da ONG, o abuso sexual é um dos principais desafios que crianças e adolescentes imigrantes enfrentam no Brasil. Além disso, também estão listados matrimônio infantil, gravidez na adolescência, educação interrompida, trabalho infantil, insegurança alimentar e letalidade infantojuvenil.

Prevenção

Após o teatro de fantoches nas igrejas e na sede da ONG Exército da Salvação, os responsáveis pelas crianças atendidas pelo programa de educação e proteção participam da palestra “Crescer sem Violência”. Que conta com psicólogos, para reforçar os cuidados com meninos e meninas. A expectativa é orientar mais de 240 pais e mães.

Além disso, o projeto Ven, Tú Puedes, também de resposta à crise migratória da Venezuela, realiza atividades na brinquedoteca da Agência Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA).

Dessa forma, o tema é o combate à violência e ao abuso sexual das crianças e conta com o apoio da equipe de proteção da ADRA. Entre os jogos está o “Não me toca, seu boboca”, inspirado no livro que trata o tema de forma simples para as crianças.

No espaço lúdico são atendidos os filhos dos migrantes e refugiados que fazem curso da organização. O local também tem livros, jogos e profissionais da Educação para acolher os pequenos.

Fonte: Da Redação

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