A Prefeitura de Boa Vista deu início ao teste de aceitabilidade da alimentação escolar, com alunos de 12 escolas municipais. Até agosto, a equipe de nutrição da Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC) percorre as unidades para avaliar se as crianças estão aceitando alguns pratos, ofertados no cardápio escolar do município.
As escolas Jael da Silva Barradas e Cunhatã Curumim já receberam a equipe. O método utilizado é o Teste de Aceitação com Cartelas Lúdicas. Dessa forma, as merendeiras preparam um prato específico. Os alunos se alimentam e logo em seguida passam pelos testes em sala de aula. Eles respondem conforme as carinhas de “adorei”, “gostei”, “não gostei”, “indiferente” ou “detestei”.
A aluna Gisele Mel, 8 anos, da Cunhatã Curumim gostou de participar do teste e aprovou a merenda do dia. “Hoje eu comi frango com legumes, arroz com beterraba e a fruta foi banana. ´Tava muito boa, aprovada”, disse.
Já a aluna Kenny Ester, 9 anos, é daquelas que na hora do recreio vai logo para a fila da merenda. “Acho muito gostosa a comida da escola. Eu amo saladas, legumes e frutas. Aprendi a gostar de alguns alimentos aqui na escola”, disse.
Fator determinante
Para a nutricionista Letícia Bueno, a aceitação é, sobretudo, um fator determinante para a qualidade do serviço prestado nas escolas. Além disso, evita o desperdício de recursos públicos na compra de alimentos rejeitados.
“É importante saber se as crianças estão gostando da merenda. Não adianta um cardápio equilibrado, com produtos regionais, se as crianças não estão satisfeitas. Precisamos juntar tudo isso para ofertar uma alimentação de excelência: o cardápio nutricionalmente completo, a aceitação das crianças, a questão cultural, de safra e faixa etária”, disse.
Conforme a SMEC, mais dez escolas passarão pelos testes: Maria Teresa Maciel, Balduíno Wotrich, Jardim das Copaíbas, Luiz Canará, Laucides Inácio Oliveira. Assim como a Newton Tavares, Raio de Sol, Glemíria Gonzaga e as escolas indígenas Antônia Celestina e Vicente André.
Foram seis preparações sorteadas junto ao Conselho Municipal de Alimentação para serem testadas. Assim nas escolas urbanas: Café com leite e farofa nutritiva; frango com legumes, arroz com beterraba e uma fruta; Paçoca nutritiva com legumes e uma fruta.
Por outro lado, nas áreas rurais e indígenas: peixe assado ao forno com tomate, arroz com abóbora, feijão e melancia; cozidão a brasileira; “estrogonofe caboquinho”.
De acordo com a prefeitura, o planejamento e a execução do teste é baseado no Manual do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) disponível no site do FNDE.
Fonte: Da Redação