TRE-RR retira de pauta julgamento contra Cascavel por suspeita de compra de votos

Determinação é do juiz Luiz Alberto de Morais Junior, dessa quinta-feira (20); Ministério Público argumenta que votos foram comprados por R$ 100

TRE-RR retira de pauta julgamento contra Cascavel por suspeita de compra de votos
Atuação de Cascavel teria acontecido entre maio e junho de 2020 – Foto: Reprodução/Facebook/Airton Cascavel

O juiz Luiz Alberto de Morais Junior, do Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), determinou nessa quinta-feira (20) a retirada de pauta do julgamento da ação contra o atual secretário da Saúde, Airton Cascavel.

Ele e o deputado estadual Éder Lourinho (PTC) são suspeitos de comprar votos em Caracaraí, região Sul de Roraima, nas eleições de 2018. À época, Cascavel tentava voltar para a Câmara dos Deputados.

O caso tinha previsão de apreciado na próxima quarta-feira (26). Contudo, o magistrado do TRE-RR justificou que não estará na sessão, sugeriu que um juiz substituto tivesse uma convocação, e retirou o julgamento da pauta.

“Por motivo de força maior, não participarei da sessão ordinária do dia 26, assim, determino a retirada deste feito da pauta de julgamento da data em menção. Outrossim, a bem da continuidade dos trabalhos, sugiro que seja convocado o meu suplente”, escreve.

CASO

Airton Cascavel e Éder Lourinho (PTC) são acusados pelo Ministério Público Eleitoral de Roraima (MPE-RR) de compra de votos. O órgão embasa as acusações na prisão de um pastor e uma mulher, em outubro de 2018, que trabalhavam para os dois.

Nesse sentido, a polícia prendeu eles em uma reunião com eleitores em uma casa na Prainha, região periférica da cidade. Os agentes estranharam a aglomeração e a presença de uma caminhonete considerada cara.

Na bolsa da mulher estava R$ 6,6 mil e cadernos com dezenas de nomes, telefones e valores para pagamento. O ministério ouviu sete pessoas que constavam nas anotações. Elas admitiram ter recebido R$ 100 para votar em Cascavel e Éder.

Do mesmo modo, Cascavel ainda passa por investigação de compra de votos para beneficiar Antonio Denarium (sem partido) nas eleições de 2018, quando concorria a Governador. Por fim, o crime ocorreu em Willimon, Raposa Serra do Sol, onde supostamente distribuíram bens aos indígenas.

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