Vereador Kleber Siqueira nega desacato a policiais após prisão

Vereador disse que não compactua com abordagens truculentas. Caso aconteceu na madrugada desse domingo (3)

Vereador Kleber Siqueira nega desacato a policiais após prisão

O vereador Kleber Siqueira (SD) negou ter desacatado policiais militares durante uma abordagem que ocorreu madrugada de domingo (03). Ele publicou uma nota em suas redes sociais sobre o ocorrido.

Conforme o parlamentar, quem estava conduzindo o veículo abordado era a esposa e que ela não havia ingerido bebida alcoólica. Disse ainda que quando ouviram a sinalização para parar, a mulher acostou o carro, acendeu a luz interna, abaixou os vidros e colocou as mãos em local visível.

Ele também negou que tenha xingados os agentes e disse que é “favorável que o cidadão respeite a polícia” e que, da mesma forma, a polícia consiga “separar o trigo do joio”.

“O vereador Kleber Siqueira aprova as meritórias ações policiais que ajudam no combate à criminalidade na nossa cidade. Contudo, não compactua com abordagem truculentas onde o cidadão é tratado como ‘bandido'”, disse na nota.

Entenda

A Polícia Militar (PM) abordou o vereador Kleber Siqueira durante patrulhamento na Av. Nazaré Figueiras com o cruzamento da Av. Solon Rodrigues, zona Oeste da capital. De acordo com a PM, a guarnição avistou um veículo em alta velocidade avançando dois semáforos vermelhos.

Assim, por estar infringindo a lei, os agentes resolveram realizar a abordagem e deram sinal para que o carro parasse. No entanto, a ordem não estava sendo obedecida de forma imediata.

Ainda de acordo com a PM, após a parada do veículo, os policiais notaram que os passageiros estavam agitados. Dessa forma, pediram para que descessem e assim fossem revistados.

Na direção do veículo, estava uma mulher. Já em um do lados do passageiro, estava o Kleber.

Um dos policiais pediu para que ele colocasse a mão na cabeça. No entanto, conforme o agente, o vereador disse que não iria obedecer a ordem e alegou ainda, que conhecia tenentes e coroeis da PM.

Nesse momento, de acordo com os policiais, Kleber xingou a guarnição com palavrões, usando palavras ofensivas como “seus otários” e “babacas”.

A policia também questionou se a mulher estava alcoolizada, mas ela não respondeu. Por apresentar odor de bebida e olhos vermelhos, os agentes também a conduziram à delegacia.

Do mesmo modo, já na delegacia, o vereador voltou a xingar e ameaçar os policiais e chegou a chamar um deles para a briga dizendo: “Você não é machão? Vem aqui fora que eu vou te dar um pau”.

Outros crimes

Apesar de ter destacado que não aprova conduta de desacato, essa não é a primeira vez que o vereador se envolve em discussões com policiais.

Em abril de 2021, a PM havia interrompido uma festa clandestina com cerca de 300 pessoas durante a pandemia. De acordo com a PM, o vereador posicionou o carro na contramão da via pública para impedir que os veículos da fiscalização circulassem no local, momento em que discutiu com um policial militar.

Anteriormente, no mesmo mês, a Polícia Federal (PF) encontrou uma arma na casa de Kleber durante a operação que investigava a compra de votos nas eleições de 2020.

Ele também foi preso em 2018 na “Operação Escuridão” da PF. A ação desarticulou um esquema que desviou cerca de R$ 70 milhões em recursos públicos do sistema penitenciário para o pagamento de propinas e enriquecimento ilícito dos reais proprietários do negócio, Guilherme Campos e o deputado Renan Filho (PRB).

Aliados

João Kleber Martins de Siqueira, foi eleito vereador em 2020 com o apoio de Renan Filho, condenado pela Justiça Eleitoral por fazer propaganda eleitoral antecipada a favor de Antonio Denarium.

Em sua redes sociais, o vereador também se declarou amigo e irmão de Jalser Renier, atualmente investigado pelo sequestro do jornalista Romano dos Anjos.

Fonte: Da Redação

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